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Raio-x: descubra o que acontece no seu cérebro quando você faz sexo

Neurocientista explica os processos cerebrais que são reações naturais durante uma transa; confira!

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Foto: DS stories/Pexels
Cérebro e sexo
1 de 1 Cérebro e sexo - Foto: Foto: DS stories/Pexels

Por ser um ato costumeiro, pouca gente pensa em tudo que acontece no organismo durante uma transa. Contudo, o impulso de uma relação sexual pode provocar diversas reações no corpo humano, e um dos principais órgãos ativos nessa hora não são apenas o pênis ou a vagina, mas o cérebro.

De acordo com o neurocientista Fabiano de Abreu Agrela, tudo começa com o sistema límbico, a região mais primitiva do cérebro ligada à emoção. Ele é ativado durante o sexo. “Outras áreas do córtex cerebral que governam o raciocínio superior, no entanto, ‘desligam’. Como consequência, o ato sexual em si é impulsionado mais pelo instinto e emoção do que pelo pensamento racional”, diz, em nota.

No cérebro das mulheres, especificamente, áreas ligadas à autoconsciência e à autoinibição também são desativadas. “Essa desinibição ajuda as mulheres a atingir o orgasmo”, pontua Agrela.

Hormônios em alta

Quando o assunto é liberação hormonal, acontece uma verdadeira “micareta” de substâncias durante o ato sexual, pois o cérebro passa a liberar níveis bem mais altos de neurotransmissores.

“O hipotálamo é responsável pela elevação da dopamina. Já a ocitocina é um hormônio que atua como um neurotransmissor no cérebro, que aumenta com a excitação sexual e o orgasmo. Dito isso, vale lembrar que as mulheres podem ser mais conectadas emocionalmente após o orgasmo graças à oxitocina e vasopressina”, afirma.

Outra substância que sofre um pico na hora do rala e rola é a serotonina, que pode elevar os sentimentos de felicidade e paz. Isso, inclusive, é o motivo pelo qual fazer sexo de manhã ajuda a manter o bom-humor durante o dia. Sem contar com a norepinefrina, que aumenta a excitação, a atenção e a energia.

E o pós?

Quando a transa termina, o organismo ainda fica ativo e segue reagindo ao estímulo. O especialista explica que após o orgasmo, por exemplo, o cérebro libera a prolactina neuroquímica e diminui a dopamina, o que pode explicar por que algumas pessoas têm disforia pós-coito, como são chamados os sentimentos de tristeza após o sexo.

“As mudanças químicas no cérebro não apenas tornam a experiência mais prazerosa, mas também têm valor evolutivo. O sexo é vital para nossa sobrevivência como espécie”, finaliza o neurocientista.

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