Rachar a conta do motel é “mico”? Experts dão dicas para evitar climão
Apesar de algumas pessoas acreditarem que o ideal seria rachar a conta do motel, outros rejeitam a ideia; especialistas orientam o que fazer
atualizado
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Você é do tipo que “racha” a continha quando vai para o motel? Prefere pagar tudo ou, em contraposição, deixar o outro pagar? Recentemente, uma discussão acalorada tem surgido nas redes sociais: o certo é rachar a conta ou um dos parceiros “paga tudo”?
Segundo a terapeuta sexual Priscilla Garcez, até mesmo o sexo casual depende de uma construção, e o desejo pode ser influenciado por essas questões na hora do date.
O famoso ditado “combinado não sai caro” guiou as orientações de especialistas ao redor desse debate. De acordo com Garcez, não existe uma regra universal, mas sim um alinhamento de expectativas. “Se a minha expectativa está sendo atendida, eu me sinto realizada. Quando esse papel que eu espero que meu parceiro tenha não é cumprido, isso pode afetar a minha vida sexual”, esclareceu. Por isso, o ideal seria alinhar e definir papéis e funções.
A terapeuta TRG e analista comportamental Renata Guimarães afirma que é preciso considerar a dinâmica da relação. Se ambos estão na mesma posição financeira, talvez o mais fácil seria a divisão de custos. “Caso contrário, pode ser interessante discutir quem se sente confortável em pagar e o por quê”, considera.
Ou seja, perguntar como cada um se sente em relação ao pagamento da conta pode ajudar a evitar mal-entendidos. Isso inclui discutir expectativas sobre o encontro e como cada um vê a questão da conta.
A frustração no final da noite pode ser evitada. O psicólogo mestre em Psicologia Clínica e Professor da PUC-Rio Matheus Karounis sugere que um questionamento seja feito em momentos em que há falta de clareza: “O quanto estou disposto(a) a investir no relacionamento? E o que o sexo, com esta pessoa, representa para mim?”.
Outra possibilidade seria propor um equilíbrio de acordo mútuo, que seria o sistema de rodízio, no qual cada um da dupla assume a conta em momentos diferentes, de forma equitativa.
Karounis completa que, a fim de não passarem por uma situação constrangedora, a comunicação entre os dois — mesmo que por uma noite no motel — deve ser ao máximo elaborada para amplificar a experiência sensorial que anseiam.