Prazer anal: o que você precisa saber para mandar bem no beijo grego
Prática teve origem durante as orgias gregas e proporciona prazer a todo tipo de casal
atualizado
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As civilizações modernas se inspiraram e apropriaram vários costumes dos tempos clássicos, inclusive no sexo. Uma prática sexual que se perpetua desde a Grécia Antiga é o beijo grego, técnica que consiste em lamber ou acariciar o ânus do outro/a com a boca. No início, o ato era praticado apenas pelos homens para estimular e lubrificar a região anal, como uma preparação para a penetração. Atualmente, o feito se tornou universal, proporcionando prazer a casais hétero e homossexuais.
Terapeuta sexual, Luísa Miranda aponta que o beijo grego, conhecido também por anilingus, é um dos tabus mais prazerosos do repertório sexual. “O beijo grego cai bem em qualquer momento, desde que haja consentimento e muita comunicação. A prática ainda está muito vinculada ao sexo homossexual, todavia, por ser uma região sensível e super irrigada é muito prazerosa e comum entre as mulheres”, aponta.
Além do tabu óbvio outro motivo ainda preocupa muita gente: a higiene. “Todos nós sabemos que fisiologicamente o ânus tem um objetivo super específico e por isso possui muitas bactérias, o que exige uma atenção especial. Aparar os pelos não garante a higiene, mas facilita. Para quem entende o beijo grego como uma preliminar para o sexo anal ou fio-terra, a higiene deve ser mais profunda, o que não impede de forma alguma a utilização da camisinha. Diferente do sexo anal, o beijo grego é mais “seguro” em relação as DSTs, porém, todo cuidado é pouco. O uso de géis com sabores são uma ótima pedida”, explica Luísa.
A educadora sexual Karol Rabelo recomenda bastante intimidade entre o casal. “Tem gente que pratica sexo, mas não tem intimidade, até casais que estão há muito tempo juntos”, explica.
Para quem for dar o beijo, a sexóloga sugere deixar a boca bem úmida. “Você tem que ter na cabeça que você está degustando algo muito gostoso mesmo e curtir o ato. E quem está recebendo o carinho, só precisa relaxar a aproveitar”.
No quesito posições, ela ainda indica que quem for receber fique com o bumbum para cima, não necessariamente de quatro. “O esforço de ficar de quatro às vezes cansa, mas o bumbum elevado é importante para a prática”, aponta.
Karol também indica o 69 e como sugestão de preliminar, principalmente para quem não tem costume de praticar.
Luísa também orienta que é essencial estabelecer limites sobre o que é confortável para cada um. “E caso você não saiba como iniciar essa prática na sua relação, comece aos poucos e vá se aproximando da região devagar. Beijos no corpo, carinhos, demonstração de afeto e acolhimento são sempre importantes e fortalece a parceria e o prazer. Criar um clima também ajuda na hora H, mas o que vai deixar seu/ua parceiro/a ainda mais confiante é saber que o que acontece entre vocês fica entre vocês. Confiança é a base de tudo”, finaliza.