Pouco? Brasileiros trocam 42 mensagens antes do primeiro encontro
De acordo com um levantamento, os brasileiros trocam pouco mais de 40 mensagens antes do primeiro encontro presencial
atualizado
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“Sim, ele voltou. Aquele que é o mais temido…”: o polêmico primeiro encontro. Dentre todas as pautas referidas a flerte, encontros casuais e inícios de relacionamento, o primeiro encontro ainda é uma grande questão. A mais nova descoberta é a média de quantidade de mensagens que as pessoas trocam antes de ir ao primeiro date.
De acordo com um levantamento feito pelo aplicativo de paquera happn, os brasileiros trocam 42 mensagens antes de marcarem o primeiro encontro presencial. O que pode parecer pouco para alguns, indica uma tendência dos brasileiros de preferir conhecer o crush pessoalmente, em vez de fazê-lo por mensagens.
“Essas informações revelam que os brasileiros, por mais que estejam engajados em aplicativos de relacionamentos, não abrem mão dos momentos presenciais. É por isso que vemos uma crescente preferência por experiências mais autênticas, e não apenas pela mecânica tradicional de deslizar para a esquerda ou para a direita”, comenta Michael Illas, especialista em relacionamentos do happn.
No Brasil, a plataforma elencou as capitais mais responsivas. No topo da lista aparece Maceió. No top 5, Salvador, Recife, São Luís e João Pessoa. Por último, em 10º, desponta Goiânia, enquanto Brasília aparece em 9º.
E o sexo no primeiro encontro?
Dentro do tema “primeiro encontro”, ainda gera muita discussão a dúvida sobre o tempo ideal para fazer sexo: é legal transar no primeiro encontro? Uma pesquisa da empresa britânica Lovehoney aponta que, entre os homens, 59% admitiram fazer sexo no primeiro date, enquanto apenas 43% das mulheres fizeram a mesma afirmação.
De acordo com a sexóloga Claudia Petry, alguns fatores influenciam no fato do sexo no primeiro encontro ainda ser um tabu.
“No aspecto relacional, há pessoas que não teriam a relação sexual em um primeiro momento porque preferem construir uma maior intimidade ou mesmo perceber uma certa compatibilidade sexual para se entregar ao sexo no primeiro encontro”, explica.
Contudo, um dos aspectos que mais interferem é o sociocultural, que carrega ensinamentos e crenças limitantes de que quem transa no primeiro encontro não é “para casar“. Há, ainda, a crença de que houver sexo no primeiro encontro o outro pode perder o interesse. Isso afeta principalmente as mulheres – o que explica, inclusive, a diferença de gênero na pesquisa.
“Perguntemos às nossas mães e avós como era vista pela sociedade a mulher que transava no primeiro encontro, ou se alguma mulher tinha a liberdade de falar que gostava de sexo. Nem pensar, este papel era do homem e assim a sociedade seguiu”, elucida.
O que se perde?
Por conta de preconceitos e crenças limitantes, muito pode se perder no que se diz respeito a aspectos como diversão e prazer. Apesar de ser sempre importante agir com responsabilidade, pensando em riscos de ISTs, deixar de fazer o que se tem vontade em nome do que vão pensar é abrir mão de momentos que podem ser muito bons.
“Podemos perder oportunidades de sermos muito felizes e de conhecermos melhor a nós mesmas. Há áreas que melhoram à medida que são exploradas, e sexo é uma delas”, indica Claudia.