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Por que transar no primeiro encontro ainda é uma grande questão?

Ainda em 2023, algo banal como transar no primeiro encontro ainda é alvo de tabus e pesquisas. Especialista explica possíveis motivos

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1 de 1 Foto colorida de casal se beijando em close - Metrópoles - Foto: Tatiana Maksimova/Getty Images

Uma pesquisa da empresa britânica Lovehoney apontou que 49% das pessoas admitem que já transaram no primeiro encontro. Este resultado, quando separado por gênero, sofre uma mudança: entre os homens, 59% admitiu fazer sexo no primeiro date, enquanto apenas 43% das mulheres fizeram a mesma afirmação.

Contudo, para além dos resultados, fica o questionamento: por que, em 2023, algo tão banal e comum quanto o sexo no primeiro encontro ainda é visto como uma grande questão, alvo de tabus e até mesmo pesquisas quantitativas? De acordo com a sexóloga Claudia Petry, alguns fatores interferem.

“No aspecto relacional, há pessoas que não teriam a relação sexual em um primeiro momento porque preferem construir uma maior intimidade ou mesmo perceber uma certa compatibilidade sexual para se entregar ao sexo no primeiro encontro”, explica.

Contudo, um dos aspectos que mais interferem é o sociocultural, que carrega ensinamentos e crenças limitantes de que quem transa no primeiro encontro não é “para casar“, até mesmo que se houver sexo no primeiro encontro o outro pode perder o interesse. Isso afeta, principalmente, as mulheres – o que explica, inclusive, a diferença de gênero na pesquisa.

“Perguntemos às nossas mães e avós como era vista pela sociedade a mulher que transava no primeiro encontro, ou se alguma mulher tinha a liberdade de falar que gostava de sexo. Nem pensar, este papel era do homem e assim a sociedade seguiu”, elucida.

O que se perde?

Por conta de preconceitos e crenças limitantes, muito pode se perder no que se diz respeito a aspectos como diversão e prazer. Apesar de ser sempre importante agir com responsabilidade, pensando em riscos de ISTs, deixar de fazer o que se tem vontade em nome do que vão pensar é abrir mão de momentos que podem ser muito bons.

“Podemos perder oportunidades de sermos muito felizes e de conhecermos melhor a nós mesmas. Há áreas que melhoram à medida que são exploradas, e sexo é uma delas”, indica Claudia.

Logo, desde que com responsabilidade, segurança e consentimento, a Pouca Vergonha aconselha: se der vontade, transe no primeiro encontro sim!

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