Você já parou para pensar que os amantes mundo afora, muitas vezes, também ganham presentes em datas comemorativas? Aniversários, Natal e até mesmo Dia dos Namorados são algumas das ocasiões em que os “puladores de cerca” de plantão aproveitam para presentear não só o cônjuge, mas também o(a) número “02”.

Além de ganharem presentes, os amantes são presenteados com mimos completamente diferentes dos maridos e esposas.

Um levantamento feito pelo site Gleeden mostrou que enquanto as pessoas dão escapadas de fim de semana (31%) ou algo sexy (23%) para os casos; para as esposas e maridos, preferem dar itens de tecnologia (54%).

Mas, fica o questionamento: por que essa diferença tão considerável? De acordo com o terapeuta sexual André Almeida, há uma construção distorcida de que o prazer sexual é algo “sujo”, desrespeitoso, errôneo e pecaminoso na sociedade. Dessa forma, o prazer sexual acaba por se tornar algo que não combina com a “pureza” de um casamento.

“As pessoas descolam o desejo e o prazer do indivíduo com quem se tem uma relação socialmente reconhecida. Por sua vez, esse prazer encontra sua vazão nos relacionamentos extra par, onde os indivíduos podem botar em prática os comportamentos considerados sórdidos socialmente e para a instituição casamento”, explica.

Essa visão pode atrapalhar, inclusive, a vida sexual do casal, uma vez que existem práticas dentro do repertório erótico que a pessoa não consegue colocar em ação com um cônjuge, por mais que seja uma fantasia dela.

“ A carga de crenças, deveres, moralidade e culpabilização que se carrega em relação ao relacionamento torna o comportamento sexual mais aversivo, principalmente porque estão associados a sentimentos negativos, levando a uma diminuição paulatina do desejo sexual e da procura”, elucida.