Perrengues na hora de transar? Entenda por que é preciso normalizar o sexo real
Imprevistos na hora “H” são comuns e devem ser levados na brincadeira
atualizado
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Cheiros, barulhos, corpos que não encaixam. Acontece na hora “H”, é comum mas nem todo mundo fala sobre isso. Além dos filmes pornô, as comédias românticas e as novelas também não retratam um sexo real. Ou pelo menos não espelham tudo que acontece de fato.
A cama pode quebrar, a posição planejada pode ser mais difícil que o idealizado, os pets podem entrar no quarto, e ainda tem aqueles casais que têm criança que acorda. Com certeza você já passou por algum perrengue na hora do sexo.
Ou ainda teve que parar a transa por excesso de calor, por vontade de ir ao banheiro ou mesmo por perder o tesão. A terapeuta sexual Daniela Fontinele elencou algumas situações comuns que podem acontecer e deu dicas para encarar a situação.
Corpos reais
Na visão da especialista, quando não temos intimidade, qualquer coisa que foge da perfeição ou é estranho ou constrangedor, mas não deveria ser: “Isso acontece por conta de filmes e novelas que não mostram a realidade do sexo e retratam corpos perfeitos”, afirma.
Ela lembra que na vida real, é comum ter uma preparação antes do sexo, que muitas vezes não é mostrada. Além disso, as pausas também são comuns: “Seja para ir ao banheiro antes para se higienizar, seja no meio da transa porque deu vontade de fazer xixi, e ainda, tem gente que para até por estar muito suada”, explica.
É preciso normalizar os corpos, barulhos, cheiros e fluidos dos corpos reais durante o sexo: “O lençol acaba manchando de algum fluido corporal, tem gente que brocha no meio da transa, nem sempre os envolvidos estão cheirosos e os corpos se entrelaçam perfeitamente”, alerta ela.
Acende a luz
Outro ponto que a especialista lembra, é o fato de muitas pessoas não ficarem confortáveis com o próprio corpo: “Tem gente que não relaxa na hora do sexo e transa encolhendo a barriga, preocupado com aparência”, explica. Mas, conforme vai se criando intimidade, é saudável compartilhar as vulnerabilidades: “Afinal, são corpos e situações reais. Não somos robozinhos perfeitinhos”, esclarece.
Imprevistos
O que também acontece, e ninguém espera, são algumas surpresinhas na hora “H”, como o gato ou cachorro entrar no quarto e subir na cama: “Ou no caso de quem tem filhos, a criança chora em outro quarto. A cama também pode quebrar, ou a cadeira, ou banquinho. Acontece também da pessoa estar em cima de um móvel e cair”, relata.
Rir é o melhor remédio
Independente do tipo de perrengue, imprevisto ou apenas situação real que acontecer, a dica da sexóloga é levar na boa: “Rir é o melhor remédio. O sexo é a brincadeira dos adultos e tem que ser divertido. Essas coisas acontecem, somos humanos e estamos sujeitos a tudo. Então, não vale se constranger”, finaliza.
Vale ressaltar que o sexo envolvendo seres humanos tem cheiros, barulhos, e não sai conforme um script. O objetivo deve ser a diversão e o prazer, sem cobranças.