Pênis? Não, obrigada! Veja 5 técnicas de máximo prazer sem penetração
Experiências milenares – e outras recentes – estimulam contato sexual que vai além da mais clássica imagem de uma relação íntima
atualizado
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Não há dúvidas de que a imagem mais comum associada ao sexo é a do pênis penetrando a vagina (ou o ânus, no caso de relação homossexual). Seja de forma moderada com o clássico papai e mamãe, seja na intensidade do mais ousado Kama Sutra, a cena ainda é recorrente no imaginário popular. Entretanto, existem diversas técnicas para chegar ao ápice do prazer sem que, necessariamente, apele-se às famosas vias de fato.
O próprio tantra, conhecido como uma espécie de “mágica” para orgasmos inesquecíveis, prega um contato com o corpo que vai além da simples fricção de órgãos genitais.
Recentemente, a terapeuta sexual Lua Menezes causou burburinho no Instagram ao ensinar um formato chamado “saco de batata”. Assim como a massagem difundida no tantra, a técnica envolve carícias que não vão terminar em algo além. Diferentemente de preliminares, essas formas de praticar o rala e rola se bastam. Não necessitam de complementos ou vibradores.
O Metrópoles selecionou algumas alternativas para quem quer se aventurar e comprovar que a sexualidade vai além dos clichês pré-estabelecidos.
“Saco de batata”
A terapeuta sexual Lua Menezes compartilhou, nesta semana, a técnica que batizou de “saco de batata”. Conhecida por estimular o prazer feminino no curso on-line Jardim das Delícias, a escritora ensinou uma forma curiosa de casais avançarem na intimidade.
O método é simples. Deite-se como um saco de batata por alguns minutos e, naquele momento, apenas receba toques e carícias do(a) parceiro(a). Sem penetração.
A posição ideal para se acomodar também pode ser chamada de shavasana, postura da yoga em que a pessoa se deita com as costas no chão, braços virados para cima e pernas separadas.
Depois de ganhar os carinhos, retribua. A ideia é que o foco não seja o sexo tradicional, mas uma troca de energias e de toques por todo o corpo.
Tantra
Abigail Deva Dasi lançou, recentemente, o livro Entendendo o Mapa da Mina. Nele, ela demonstra como usar os ensinamentos do tantra para enlouquecer sua mulher. Na publicação, a autora ensina como utilizar os cinco sentidos para conseguir o tão sonhado orgasmo. Uma das formas, por mais estranha que possa soar, é a meditação, associada por muitos a momentos zen e de relaxamento.
“Dizemos, no tantra, que há duas formas de sentir o orgasmo. E uma delas é a psicogênica, usando apenas imagens mentais”, relata a especialista.
Sim, é possível gozar apenas com a imaginação, embora muita gente ainda precise da masturbação para chegar lá. “Temos que dissociar o prazer dos genitais”, diz a autora. O segredo é relaxar, e a forma mais garantida para fazer isso é respirando e inspirando, sem pausas, durante pelo menos cinco minutos.
Petting
A técnica americana peeting (que significa acariciar, em tradução literal) trabalha com visualizações – mais uma vez, é proibido terminar com penetração.
Com seu(sua) parceiro(a) e em posição confortável, imagine um calor subindo da zona V (perto da vagina ou do pênis) para coluna vertebral até chegar à cabeça. Vislumbre essa onda quente passando por seu rosto, seios e até pela garganta. Depois, ela retorna ao lugar de origem.
“Na intimidade, há muito mais para se desfrutar do que a penetração. Os casais de antigamente conheciam esse segredo e ele foi se perdendo durante o tempo. Temos que recuperá-lo. Essa modalidade redescobre o mistério e a expectativa”, disse a psicóloga Beatriz Golberg à Cosmopolitan Argentina, ao explicar o método.
Gouinage
O gouinage também é uma técnica que explora o prazer sexual e dispensa a penetração. A ideia, no caso, é tirar o pênis do foco da relação sexual, explorar outras regiões do corpo e descobrir novas zonas erógenas por meio do tato, olfato, paladar ou fluidos genitais.
A técnica é muito comum entre mulheres lésbicas, mas casais heterossexuais estão se entregando a essa forma diferente de obter prazer. Embora tenha vários ritos associados às preliminares (beijos, lambidas, dedos e esfrega-esfrega), a diferença entre uma e outra é que as preliminares funcionam como um aquecimento. Já o gouinage é o sexo em si. O que faz com que os gestos ganhem mais atenção dos envolvidos e os toques sejam feitos com mais intensidade.
Edging
Por último, mas não menos importante, temos o “edging“, termo que deriva de “edge” (que, em português, significa “beirada”). Também conhecida como “técnica da paradinha”, ela promete elevar a experiência sexual com um gesto simples, mas desafiador para muitas pessoas: pausar o estímulo sexual quando o parceiro estiver à beira do orgasmo. A ideia é que depois de algumas pausas, a vontade de gozar seja incontrolável, e o orgasmo, incrível.
Para aplicá-la, comece com toques leves, seguidos por estimulações mais caprichadas em todo o corpo. Para levar a parceira à loucura, vale usar dedos e língua nos lábios vaginais, clitóris e no contorno uretral, até perceber a vagina muito molhada e as reações sugerirem que ela está chegando lá. Daí, basta fazer uma pausa, recuperar o fôlego e continuar a brincadeira. Nos homens, a técnica pode ser aplicada usando mãos, boca, pernas, pés, seios… e o que mais a imaginação sugerir. O importante é resistir à tentação para ter um orgasmo mais explosivo.
Bônus: trio de ouro para o orgasmo feminino
Recente, um estudo publicado na Archives of Sexual Behavior revelou um passo a passo para aumentar as chances de as mulheres terem orgasmo sem incluir as vias de fato. Para chegar a essa conclusão, estudiosos analisaram as respostas de 52 mil pessoas em uma pesquisa on-line hospedada no site da NCB News. Na pesquisa, 80% das mulheres heterossexuais e 91% das lésbicas afirmaram que o orgasmo sempre chega quando há estimulação genital, beijo profundo e sexo oral – mas sem penetração. Receita que os cientistas chamaram de “trio de ouro”.
“Cerca de 30% dos homens pensam que a relação sexual é a melhor maneira de as mulheres terem orgasmo, e isso é uma figura trágica, porque não poderia estar mais incorreta”, disse a coautora da pesquisa, Elisabeth Lloyd, professora de biologia na Universidade de Indiana.