Pouca gente sabe que maio é considerado o Mês Internacional da Masturbação. Apesar do tema estar ganhando cada vez mais holofotes atualmente, o marco foi proclamado ainda em 1995 pela Secretaria de Saúde dos Estados Unidos.

Ainda considerada um tabu, a masturbação é uma das ferramentas mais poderosas e eficientes de autoprazer e autoconhecimento — lembrando que a sexualidade é um dos pilares para uma vida saudável, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Uma simples punheta ou siririca traz diversos benefícios, como reduzir estresse e ansiedade, melhorar o sono, aliviar dores, fortalecer o assoalho pélvico, entre outros.

Para incentivar a masturbação e deixar a prática mais didática para quem está começando, a sexóloga Camila Gentile produziu um e-book voltado especialmente para o autoamor, batizado de Guia do Prazer Sozinho, no qual dá dicas para se satisfazer.

“A gente pensa em relacionamentos e outras pessoas quando o assunto é tesão, mas não precisa ser assim. Criamos um tabu em torno de se dar prazer sozinho, o que é um desperdício para seu bem estar”, explica.

Não sabe por onde começar? Confira um passo a passo dado pela especialista:

Se mime!

Amor próprio é o nome do jogo aqui. Considere criar uma experiência de sexo solo, que é um pouco mais complicada do que ir direto para a masturbação. No sexo solo, você está se seduzindo para ajudar a entrar na mentalidade certa para o prazer e a exploração.

Tente relaxar os músculos com um banho de espuma quente e passe óleo perfumado no corpo. Coloque uma playlist sexy e dance no espelho, admirando seu próprio corpo.

Preliminares

Acaricie suavemente seu peito com as pontas dos dedos, passando-os entre os seios e circundando cada um. Se você gosta de brincar com os mamilos (ou não tem certeza se gosta), pare em cada um e dê a cada um pouco de atenção ou um leve aperto. Trace as linhas de sua barriga até a linha de seus pelos pubianos e acaricie a parte externa de sua vulva suavemente.

Tente liberar qualquer expectativa de orgasmo nesta jornada e apenas observe o que é bom e como seu corpo reage a cada sensação.

A vulva é um órgão multifacetado com componentes que podem melhorar sua experiência sexual e levar ao orgasmo. Apesar do estímulo do clitóris ser fantástico, ir direto para a parte mais sensível de sua anatomia pode ser um pouco agressivo.

Comece explorando toda a paisagem vulvar. Isso inclui os lábios externos e internos, o capuz do clitóris e até a pele macia onde suas pernas encontram sua virilha. Passe um minuto ou dois com cada parte, observe se seu corpo reage enquanto você acaricia suavemente cada área.

Use lubrificantes para facilitar o deslizamento por essas partes do corpo. Você também pode notar que inclinar a pélvis para a frente em uma espécie de posição de flexão de bunda dobrada aumenta a sensação em algumas dessas áreas. Você também pode pulsar os quadris para frente e para trás para estimular o interior da vagina enquanto brinca com o exterior com os dedos.

Se você achar que tocar uma área específica começa a criar um acúmulo de calor dentro de você, mova os dedos mais rápido nessa área para ver se isso aumenta o prazer. Se isso acontecer, continue. Você está no caminho certo para aprender exatamente como é um orgasmo.

Gozou?

O orgasmo é chamado de clímax por uma razão. Se você o alcançar, sentirá um pico de sensação em seus órgãos genitais à medida que seus músculos se contraem repetidamente — muitos comparam isso a uma sensação quente e latejante ou a uma onda de prazer.

Seu coração vai bater mais rápido, sua respiração vai acelerar, você pode involuntariamente se contorcer, gemer ou levantar a pélvis, e seus dedos das mãos e dos pés podem se curvar. E pode acontecer de, quando terminar, você não querer tocar em nada lá por alguns minutos, pelo menos, pois estará muito sensível.