Mulheres (tirando a Ana Furtado em seu casamento com Boninho): quem nunca fingiu um orgasmo que atire a primeira pedra. Ainda que não seja uma regra, muitas mulheres já lançaram mão da “tática” na hora do sexo. Cleo, que sempre fala abertamente sobre sexualidade, admitiu ter fingido orgasmos diversas vezes.

A declaração foi dada durante participação da artista no programa Prazer, Feminino, no Canal GNT, na última quinta-feira (10/12). Na ocasião, Cleo afirmou que, ao fingir chegar ao clímax, lançava mão de “orquestras de gemidos junto com uma performance”.

Ao longo do programa, foi levantada a questão do porquê as mulheres continuam fingindo orgasmos, tendo em vista que, nesse caso, as maiores prejudicadas são elas mesmas. De acordo com Marcela McGowan, uma das apresentadoras ao lado de Karol Conka, a performance feminina está ligada ao aprendizado de que se deve validar mais o prazer do outro.

Apesar de parecer um ato inocente ou até mesmo de “poder” da mulher, especialistas apontam que fingir orgasmo ajuda a reforçar a ideia patriarcal de que o homem é o centro do sexo e que a mulher tem um papel secundário no prazer e na relação.

Se o motivo da encenação é o medo de deixar o parceiro insatisfeito ou magoado, o homem passa a achar que está tudo bem. Quando, na verdade, precisa saber que a mulher não está 100% satisfeita.

Aproveitar a caminhada

Outra coisa que é sempre reforçada pelos especialistas é o fato de existir também uma certa “ditadura” do orgasmo, como se o sexo só fosse prazeroso e valesse a pena se isso acontecer. O que  não é verdade.

Fingir orgasmos também reforça essa ideia, que, de acordo com sexólogos e especialistas na área, precisa ser mudada. Ainda que o orgasmo seja saudável e altamente recomendável, todo o prazer e o erotismo do “caminho” não podem ser invalidados caso o ápice não ocorra.