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Orgasmo nas alturas: entenda melhor o fetiche por fazer sexo em aviões

Terapeuta sexual pontua diferenças entre sexo em público e exibicionismo

atualizado

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Foto: Patrik Giardino/Getty Images
Sexo no avião
1 de 1 Sexo no avião - Foto: Foto: Patrik Giardino/Getty Images

O surfista Pedro Scooby e sua esposa, a modelo Cintia Dicker, revelaram em entrevista recente ao jornal O Globo que já fizeram sexo no avião. Segundo o casal, foi em um voo Rio-Lisboa, na poltrona. “Não fomos para o banheiro, foi na poltrona. Coloquei a coberta e virei de lado. A gente gosta da adrenalina”, contou Cintia.

Não é novidade que transar dentro de um avião é um fetiche para muitas pessoas. De acordo com o terapeuta sexual André Almeida, o fetiche do Mile High Club – termo americano para pessoas que gostam de transar em viagens aéreas – não necessariamente tenha a ver com exibicionismo.

“O exibicionista é a pessoa que faz sexo com o objetivo claro de outra pessoa estar vendo. Ela intencionalmente prepara as coisas para que outras pessoas assistam, o tesão é saber que está sendo visto”, explica.

Por outro lado, o sexo em locais públicos, muitas vezes, está mais relacionado com a adrenalina de poder ser pego no flagra. “Transar em locais onde é possível ser descoberto envolve neurotransmissores e hormônios que criam um estado de alerta, que ao mesmo tempo que pode ser inibidor para algumas pessoas, pode ser excitante para outras”, diz o especialista.

Qual o limite?

Ainda que todo fetiche, praticado com segurança e consentimento, seja saudável e positivo para a sexualidade, é preciso pensar também no consentimento de quem está em volta. Mesmo que a sexualidade seja individual, é importante lembrar que se vive em sociedade.

“Cumprimos leis e acordos morais que não podem ser ignorados. Expor pessoas a um sexo que elas não querem ver não é legal, nem no sentido moral e nem no legislativo, uma vez que se enquadra em atentado ao pudor”, pontua André.

Além disso, o psicólogo ressalta que o fetiche pode vir a causar problemas maiores às pessoas, dependendo de quem o assiste. A exemplo de crianças ou pessoas mais vulneráveis em relação ao ato sexual, grandes danos podem ser causados.

Para que as pessoas não precisem deixar de praticar seus fetiches, André lembra que existem locais feitos para este tipo sexo, como casas de swing, casas fetichistas e espaços em que as pessoas vão com consentimento para ver e participar de atos sexuais. “A responsabilidade precisa vir antes do prazer. Expor pessoas a comportamentos sexuais sem a permissão delas é abusivo, não é legal”, finaliza.

 

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