Nove curiosidades sobre o orgasmo feminino
Ainda pouca conhecido (e até mesmo sentido), o orgasmo feminino tem diversas peculiaridades e fatos interessantes
atualizado
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Passa o Dia do Orgasmo, mas ele não deixa de ser um dos assuntos mais falados – ainda mais na Pouca Vergonha. Ainda assim, pouco realmente se sabe sobre o orgasmo feminino.
Reflexo disso é que, de acordo com um estudo do Departamento de Transtornos Sexuais Dolorosos Femininos da Universidade de São Paulo, 55% das mulheres não têm orgasmos durante o sexo.
Para ajudar no maior conhecimento sobre o assunto, tanto por parte das mulheres quanto dos homens, a coluna conversou com a sexóloga Gislene Teixeira e elencou nove curiosidades sobre o orgasmo delas. Confira:
Não é a mesma coisa que a ejaculação feminina
“O mesmo vale para orgasmo e ejaculação masculinos, são coisas diferentes. O orgasmo é o ápice do prazer, e a ejaculação feminina é o famoso squirting. O orgasmo não necessariamente vem junto da ejaculação, até porque uma quantidade bem reduzida de mulheres conseguem ejacular”.
Mais difícil com penetração
“Não existe uma regra, mas, de modo geral, é mais difícil sim para a mulher chegar ao orgasmo por meio da penetração. É muito mais comum que se atinja o orgasmo com a estimulação do clitóris, que é um órgão com a única função de dar prazer e com mais de oito mil terminações nervosas”.
O orgasmo vaginal acontece, indiretamente, por causa do clitóris
“Existe sim o orgasmo vaginal e a área G, que é uma região mais sensível. Mas o que acontece é que a parte do clitóris que fica para fora é apenas a ‘ponta do iceberg’. Ele tem toda uma estrutura interna, então com a penetração, o clitóris também acaba sendo estimulado pela parede vaginal”.
Não existe limite de quantidade
“Não existe um número limite, isso varia de cada pessoa. Uma mulher pode ter múltiplos orgasmos em uma mesma transa e até mesmo vários orgasmos durante o dia. O orgasmo só passa a ser prejudicial em casos de orgasmo patológico, que é mais ou menos um vício em sexo, em que a pessoa deixa de viver a vida dela em função de ter orgasmos”.
Benefícios mil
“Ele auxilia no corpo como um todo, e é por isso que se diz que sexo é vida, porque de fato é muito saudável. Melhora a pele, o cabelo, o humor e até mesmo alivia dores. Durante o sexo, são liberados hormônios que agem como analgésicos e relaxantes naturais”.
É possível fora da rota dos “óbvios”
“Muita gente foca o ato sexual nas genitálias, mas, na verdade, nosso corpo todo é erógeno. É possível sim chegar ao orgasmo com o estímulo de áreas não óbvias. O lugar vai variar de pessoa para pessoa, mas existem pontos-chave, como os seios, nuca, pescoço, e todas as juntas, como a dobra do cotovelo e a parte de trás do joelho”.
Tem média de duração
“O orgasmo feminino costuma durar entre cinco e 15 segundos, mas, em média, dura seis”.
Mais fácil sozinha do que com parceiro(a)
“É mais fácil sim chegar ao orgasmo durante a masturbação do que com outra pessoa. Isso acontece porque ela conhece seu próprio corpo e sabe identificar não só as áreas mais prazerosas, mas questões como tipo de movimento, velocidade, pressão, ordem de estímulos etc.”.
Pode causar amnésia transitória
“É muito raro, tem pesquisas que apontam que isso acontece com cinco a seis pessoas entre 100 mil, no espaço de um ano, mas pode sim. A amnésia transitória é temporária e acontece por conta da alteração de fluxo sanguíneo que vai para o cérebro. Ela não tem efeitos colaterais e pode durar até 24 horas, mas geralmente dura apenas alguns minutos. Dizem que a expressão ‘foi bom para você?’ surgiu por causa disso, para ter certeza que a pessoa lembra do que aconteceu. É mais comum acontecer com sexo selvagem, algo muito intenso”.