Nova pesquisa confirma: maior parte do líquido do squirt é urina
Segundo o estudo, o líquido liberado por algumas mulheres durante o orgasmo vem da bexiga, e entre os principais compostos está a urina
atualizado
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Uma nova pesquisa afirma o que algumas pessoas já desconfiavam: não todo, mas boa parte do líquido liberado no famoso squirt é, sim, urina. O estudo da urologista japonesa Miyabi Inoue, publicado no final de agosto na International Journal of Urology, apontou que o jato que algumas mulheres liberam durante o orgasmo vem da bexiga.
Para chegar a essa conclusão, a equipe da médica injetou corante azul misturada com água salina na bexiga de cinco voluntárias que conseguiam realizar o squirt. Elas foram estimuladas e, após chegarem ao orgasmo e liberarem o esguicho, a amostra recolhida de todas elas era azul. Ou seja, o líquido vem da bexiga.
De acordo com a ginecologista Lauriene Pereira, o líquido trata-se de uma mistura de substâncias, a qual a maior parte é urina. “Além da urina, existem alguns componentes de lubrificação que vêm das glândulas de skene, que ficam ao lado da uretra, e também o antígeno prostático específico (PSA) feminino”, explica.
Mesmo com o novo estudo, ainda existem muitas dúvidas acerca do squirt — que, há algum tempo, ainda era visto como algo vergonhoso para as mulheres. Hoje, sabe-se que a liberação do esguicho vem acompanhada do orgasmo feminino, mas é bom ressaltar que o squirt não é sinônimo de orgasmo. Ou seja, quem não “esguicha” também goza, e um orgasmo não é mais ou menos intenso por conta do squirt.
“Um orgasmo não é mais intenso por vir acompanhado de um esguicho, na mesma medida que é possível ter um orgasmo potente sem que haja o escorrimento do líquido. Muitas mulheres passam a vida sem ter um squirt, ele não pode ser confundido com um orgasmo”, afirmou o especialista em sexualidade humana Marlon Mattedi em entrevista anterior ao Metrópoles.