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No pé do ouvido: saiba o que falar durante o sexo para não fazer feio

É legal falar sacanagem? Vale palavrão? Pergunto se está gostoso? Sexóloga dá dicas para saber o que falar durante o sexo

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Mulher falando no ouvido de homem com o olho fechado - Metrópoles
1 de 1 Mulher falando no ouvido de homem com o olho fechado - Metrópoles - Foto: Sydney Shaffer/Getty Images

Existem muitas dúvidas em torno de sexo, mas algumas das que mais “assombram” as pessoas são as mais simples, como “o que falar na hora do sexo?”. Algo que parece, em um primeiro momento, natural e espontâneo, acaba sendo uma questão para muitas pessoas que têm medo de errar na hora H.

Um nome popular para aquela “sacanagenzinha” falada durante o sexo – ou antes dele – é dirty talking (em tradução livre, conversa suja). De acordo com a terapeuta sexual Tâmara Dias, ele pode ser um grande aliado para estimular a imaginação e deixar a fase do desejo mais criativa.

“É uma excelente preliminar, que vai deixar os parceiros se desejando com muito mais intensidade antes mesmo de estarem na frente um do outro. A preliminar deixa o corpo preparado para o sexo e a mulher se beneficia muito disso, já que em relacionamentos mais longos o estímulo para o prazer é a troca de intimidade e não somente pelo orgasmo em si”, explica.

Durante o sexo, ele também pode ser usado para deixar tudo mais excitante. Contudo, é sempre bom lembrar que é preciso estar confortável com a prática e saber se a parceria gosta e está habituada a ouvir coisas mais calientes na transa.

“Para quem deseja começar a usar o dirty talking, pratique antes. Pode parecer engraçado no início, mas é uma forma de ir se familiarizando com algumas palavras. Se não quiserem palavras mais picantes, vale falar, pelo menos, se está bom, se está gostoso daquela forma, fazer pedidos”, indica.

O que falar?

Ainda que as pessoas tendam a procurar uma “receita de bolo” para tudo, no que tange a sexualidade nada é “preto no branco”, e o dirty talking é um exemplo disso. O que vai determinar o ideal a se falar no sexo é a preferência e intimidade das pessoas envolvidas. Até porque, falar algo que não agrade pode causar o efeito contrário.

“Falar algo errado pode acabar com uma transa. Algumas pessoas ainda têm muitos tabus em relação à própria sexualidade, então algumas palavras podem trazer algum tipo de constrangimento. O ideal é ir com calma, definir limites até onde podem ir com as conversas e se perceber que a parceria é mais tímida vale perguntar se pode ou não falar algumas coisas para apimentar o sexo”, pontua Tâmara.

Por fim, vale ressaltar que nada é obrigatório. Ou seja, por mais que o dirty talking possa ajudar a apimentar as coisas, a ausência dele não significa que o sexo está ruim. O principal, que não pode faltar, é a entrega.

“Tem coisas que não precisam ser faladas para saber se está ou não sendo legal se você estiver totalmente entregue para aquele momento, porque o corpo fala. E pra entender essa linguagem ficará muito mais fácil se tiver conexão, intimidade e cumplicidade”, finaliza.

E o gemido?

Há quem ame ouvir um gemido, e há quem odeie. Para muita gente, o tesão ainda aumenta ao ouvir o par gemendo. Dá, até mesmo, para chegar ao orgasmo só de ouvir o gemido alheio.

“A cultura do gemido é um pouco antiga e costuma ser ligada à pornografia. Não existe um filme desse gênero em que uma mulher não grite ou tenha gemidos incontroláveis. Então, isso acabou tornando-se algo estrutural, em que a mulher precisa gemer para mostrar que está sentindo prazer”, explica João Ribeiro, sexólogo da INTT em entrevista anterior à coluna.

O especialista explica que, antes mesmo dos filmes pornôs, na literatura erótica, quando uma mulher entrava no clímax, já era narrado com um gemido mais ofegante. “O gemido, então, virou uma forma da mulher mostrar que está tendo prazer. Mas um estudo feito por cientistas americanos revelou que 66% das mulheres gemiam apenas para acelerar o orgasmo do parceiro”, esclarece.

Logo, para que seja uma ferramenta para aumentar o prazer é necessário que ele seja verdadeiro e espontâneo. “Se for apenas encenação, significa que existe algo que não está correto”, pontua o especialista.

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