metropoles.com

Não beija boca da parceira após o boquete? Sua masculinidade é frágil

Entenda como crenças da maculinidade frágil, como não beijar na boca depois do boquete, podem atrapalhar a vivência de uma sexualidade plena

atualizado

Compartilhar notícia

ggprophoto/Getty Images
Mulher com a língua para fora e boca suja - Metrópoles
1 de 1 Mulher com a língua para fora e boca suja - Metrópoles - Foto: ggprophoto/Getty Images

No Dia do Beijo, comemorado anualmente em 13 de abril, a Pouca Vergonha faz uma denúncia: muita gente não sabe, mas existem homens heterossexuais que se negam a beijar suas parceiras após o boquete — principalmente nos casos em que eles gozam na boca delas.

De forma prática, alguns homens preferem não beijar suas parceiras logo depois do sexo oral porque não querem encostar em uma boca que, há pouco, estava chupando um pênis, ainda que esse pênis seja o deles. O ato é julgado como nojento e capaz até mesmo de colocar em dúvida a sexualidade desses rapazes.

O costume é um exemplo do que é nomeado como masculinidade frágil, que impede muitos homens heterossexuais de aproveitarem suas sexualidades e várias outras áreas da vida de forma plena e com todo o potencial.

“Em uma sociedade patriarcal, misógina e machista, a fundação dessa ideia de masculinidade é, na verdade, muito frágil, porque é baseada em conceitos como ‘homem não chora’, ‘homem não expressa emoções’, ‘homem não pode demonstrar fraquezas’. Isso tudo vai minando a possibilidade de existência de empatia e vulnerabilidade nos homens. Vai delimitando o que é ser homem, o que é ser ‘másculo’ em limites frágeis”, explica a especialista em sexualidade positiva Lua Menezes.

Com isso, homens heterossexuais são criados se privando de coisas que em nada impactam sua orientação sexual. Um estímulo anal, por exemplo, não tem nada de “coisa de gay”.

Ainda de acordo com Lua, a agressividade está muito ligada ao ideal machista do que definiria “ser homem”. “O que se imagina de um homem sexualmente potente é uma figura sempre ativa, no controle, dominadora e violenta. Isso afasta o homem de uma gama complexa de emoções, sentimentos, sensações e expressões da sua própria sexualidade”.

Como mudar?

Sabe-se que esse modus operandi é algo que vem de muito tempo e está enraizado na sociedade, mesmo nos homens que já conseguem perceber crenças e movimentos problemáticos. Mas, para mudar e fazer com que esse tipo de pensamento se dissipe cada vez mais, é preciso não só fazer uma autocrítica, mas tomar atitudes para desconstruir esse padrão de comportamento.

“Já passou da hora. É muito importante que isso seja feito em um contexto terapêutico também. Terapia, grupos de homens para conversar sobre o assunto e encontrar lugares de acolhimento, locais seguros para conversar sobre isso”, finaliza Lua.

10 imagens
O uso de camisinhas previne, além de gravidez, diversas doenças sexualmente transmissíveis (DSTs)
A atividade sexual deve ser prazerosa em todas as etapas da vida
Cuidar da saúde sexual é importante para o bem-estar mental, psicológico e emocional
Diariamente, a Pouca Vergonha, coluna de sexo do <b>Metrópoles</b>, traz dicas para melhorar sua vida sexual
O sexo não deve causar dor
1 de 10

O bem-estar sexual é considerado um dos pilares da boa saúde pela OMS

Getty Images
2 de 10

O uso de camisinhas previne, além de gravidez, diversas doenças sexualmente transmissíveis (DSTs)

Getty Images
3 de 10

A atividade sexual deve ser prazerosa em todas as etapas da vida

Larry Williams/Getty Images
4 de 10

Cuidar da saúde sexual é importante para o bem-estar mental, psicológico e emocional

Getty Images
5 de 10

Diariamente, a Pouca Vergonha, coluna de sexo do Metrópoles, traz dicas para melhorar sua vida sexual

George Doyle/Getty Images
6 de 10

O sexo não deve causar dor

Getty Images
7 de 10

Pessoas sexualmente ativas devem fazer exames médicos periodicamente para assegurar a saúde

Getty Images
8 de 10

Brasileiro inicia vida sexual aos 18 anos e tem, em média, 10 parceiros na vida, indica pesquisa conduzida pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP)

Getty Images
9 de 10

O sexo é considerado uma atividade física

Mizuno K/Pexels
10 de 10

A prática traz diversos benefícios. Queima calorias, melhora a autoestima, aumenta a qualidade do sono, diminui o estresse, colabora com a saúde cardiovascular etc

Adam Kontor/Pexels

 

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?