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Mulheres têm 35% menos orgasmos que homens; veja dicas para gozar mais

Sexóloga explica o que há por trás do fato de mulheres terem tão menos facilidade de chegar ao ápice do prazer do que homens

atualizado

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Ivan Babydov/Pexels
Orgasmo feminino
1 de 1 Orgasmo feminino - Foto: Ivan Babydov/Pexels

Que existe uma lacuna entre o orgasmos feminino e o masculino, não é novidade. O que muita gente não sabe é o tamanho desse gap. Dados mostram que, de uma forma geral, as mulheres chegam a gozar 35% menos que os homens.

De acordo com o Censo do Sexo, pesquisa realizada pela Pantynova, quando sozinhas, 66% das mulheres disseram gozar sempre. Quando transam com outra pessoa, por sua vez, esse número cai para 19%. Ou seja, apenas 19% das mulheres gozam ao transar com um(a) parceiro(a).

Já entre os entrevistados que se identificam com o sexo masculino, 86% gozam sempre durante a masturbação, e 54% quando estão outra pessoa. O Censo do Sexo foi realizado com 1813 brasileiros de todos os gêneros, orientações sexuais e residentes de todas as regiões do Brasil.

Por quê?

Fica o questionamento: com todo o avanço no que diz respeito ao empoderamento e liberdade sexual feminina, por que as mulheres ainda gozam tão menos que os homens? Segundo a psicóloga e sexóloga Alessandra Araújo, isso se deve, em grande parte, à forma como a sociedade ensinou as mulheres a lidarem com o sexo.

“As mulheres são tolhidas demais quanto ao prazer que seu corpo pode proporcionar. Muitas vezes, a cultura diz que fomos feitas só para procriar, não se podia, por muito tempo, nem olhar as próprias partes íntimas. Sendo assim, ainda existe muita vergonha de falar para o parceiro o que gosta ou não, as preferências e desejos”, explica.

E quando isso é levado para o relacionamento, a especialista garante que a comunicação é essencial. Afinal, ainda que haja autoconhecimento e liberdade o suficiente para se explorar inteiramente, se a pessoa não souber como levar isso para a parceria, a transa ainda não vai atingir o potencial que poderia.

“Romper a vergonha e se abrir ao diálogo sobre a relação sexual possibilita o casal ter e dar prazer mútuo e ambos chegarem ao orgasmo. Quando eu, mulher, me conheço, claro que vou me dar um dos melhores orgasmos, mas o prazer fica muito mais gostoso quando advém do meu ou da minha parceira. Ensinar ao outro onde tocar e como tocar é essencial”, diz.

Preparar, apontar, gozar!

Focada na missão de gozar mais? A sexóloga dá algumas dicas e passos importantes para começar a praticar no dia a dia.

Confira:

  • Se permita se conhecer e se tocar. Explore seu corpo e onde há mais sensibilidade às estimulações;
  • Converse sobre sexo, inclusive sobre traumas (abusos sexuais do passado podem impossibilitar o relaxamento) e o que gostamos ou não. Isso traz intimidade ao casal;
  • Livre-se de padrões estipulados de como se comportar numa relação sexual. Hoje, sabemos que sexo é intimidade, e não apenas o uso do nosso corpo;
  • Por fim, respire fundo, conecte-se com o momento e perceba como seu corpo reage com seu próprio toque e com o toque do outro. Goze!

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