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Mulheres compram R$ 1 bilhão por ano em produtos eróticos no Brasil

Clientes têm entre 18 e 50 anos e representam 80% dos consumidores de sex shops

atualizado

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Você, mulher, tem vergonha de entrar em um sex shop? Se a resposta for sim, é hora de deixar a timidez de lado e explorar novos horizontes no prazer.

Dados da Associação Brasileira das Empresas do Mercado Erótico e Sensual (Abeme) mostram que as mulheres representam 80% dos clientes que compram produtos eróticos no país.

Elas têm entre 18 e 50 anos e ajudam a aquecer o mercado que, mesmo em tempos difíceis na economia, cresceu 14,5% em 2016, em relação ao ano anterior, quando faturou R$ 1,7 bilhão.

As compras delas com produtos eróticos rendem um faturamento de pelo menos R$ 1 bilhão por ano para o ramo, segundo a presidente da Abeme, Paula Aguiar.

Proprietário do sex shop online Sexo Falado, o empresário Rodrigo Bordallo afirma que o mercado precisou se adaptar à mudança, já que antes o público masculino era o maior consumidor dos produtos.

“Antigamente eram locais secretos, voltados para satisfazer o homem. Lojas passaram a oferecer uma variedade de produtos que deixam a mulher no controle e que contribuem para a busca da satisfação sexual feminina”

Rodrigo Bordallo, dono do sex shop Sexo Falado

Bordallo conta que as mulheres não se intimidam em pedir ajuda para decifrar os brinquedos sexuais. “Uma senhora de 80 anos, que aprendeu a utilizar o Instagram, já me perguntou como se utilizava o vibrador. Fiquei feliz com isso”, comenta.

A psicóloga e terapeuta sexual Luísa Branco atribui o aumento do consumo de produtos eróticos pelas mulheres ao empoderamento feminino.

“Temos livros, filmes, fantasias e os próprios produtos eróticos. Conhecer melhor a si mesma e a própria sexualidade proporciona uma melhor qualidade de vida em todos os aspectos, incluindo vida profissional e relação familiar.”

Apesar dessa evolução, o machismo e o assédio ainda estão presentes em vários momentos, inclusive nas redes sociais das lojas que vendem os produtos eróticos.

“Infelizmente, alguns homens ainda acham que a sexualidade e o debate sobre ela são exclusividade masculina. Já passamos por situações nas quais algumas clientes pediram orientação ou tiraram dúvidas sobre um produto nas redes sociais e logo em seguida receberam mensagens de homens fazendo propostas sexuais ou pedindo nudes”, relata Rodrigo Bordallo.

Para inibir casos como esses, o empresário criou a campanha #NÃOQUEROSEUNUDES. “As mulheres que frequentam nossa loja e se sentem incomodadas por esse tipo de assédio, mandam-nos uma mensagem privada e nós bloqueamos os usuários que cometem esse tipo de atitude. Nós não deixamos o machismo prevalecer, não aqui.”

Perguntamos a algumas leitoras do “Pouca Vergonha” o que elas gostam de comprar nos sex shops:

Anel peniano vibratório”, 28 anos

Óleo afrodisíaco e anel vibrador”, 29 anos

“Velas e gel“, 29 anos

“Adoro vibradores. Tenho vários”, 31 anos

Fantasias e produtos para fazer massagem”, 30 anos

Algemas e velas para pingar no corpo”, 28 anos

“Aquelas pomadas que esquentam”, 32 anos

“O egg masturbador”, 27 anos

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