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Medo dá tesão? Entenda como funciona o fetiche fear play

Às vesperas do Halloween, conheça a prática que utiliza a adrenalina liberada pelo medo como gatilho para excitação e desejo sexual

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Foto: stock_colors/Getty Images
Fear play
1 de 1 Fear play - Foto: <p>Foto:<br /> stock_colors/Getty Images</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div> </p>

Outubro está no fim e, ainda que não seja tão tradicional em terras brasileiras, o Halloween já passa a influenciar as pessoas. Músicas, comidas, roupas, filmes, séries, entre outras coisas podem ser adaptadas ao clima assustador.

O que muita gente não sabe é que até mesmo o universo sexual tem práticas que podem ser relacionadas com a data. Uma delas é o fear play – termo que, em tradução livre, significa jogo do medo.

O fetiche consiste em usar o medo como gatilho para criar excitação e desejo sexual, por meio da adrenalina em vez da endorfina. De acordo com o terapeuta sexual André Almeida, a efetividade da prática vai variar de pessoa para pessoa.

“O desejo sexual tem uma parcela psicológica muito forte, então é importante entendermos que diferentes coisas despertam desejo em diferentes pessoas. Assim como para algumas pessoas a dor desperta excitação, para outras o susto, medo e horror podem ter o mesmo efeito”, explica.

Para produzir este medo, vale de tudo, e geralmente é utilizado algum medo preexistente da pessoa em questão. Nas encenações sexuais mais comuns são interpretadas situações de sequestro, perseguições com facas e armas e até simulações de ameaças de castração.

Não-consentimento consensual

Geralmente nas práticas de fear play é aplicado o conceito de não-consentimento consensual, que é uma forma de simular, de forma segura e combinada previamente, uma situação não-consensual fictícia.

André lembra que o consentimento é a chave para qualquer troca sexual segura e saudável. “Se não estiver fazendo mal pra ninguém e se for tudo consensual, está tudo certo, é um fetiche normal e saudável como qualquer outro”, diz.

Muitos chegam a considerar o fear play como um edgeplay (jogo do precipício, em tradução livre), que são os jogos sexuais que levam as pessoas a seus limites durante a prática e consequentemente possuem maiores riscos, tanto físicos quanto psicológicos.

Logo, mesmo com consentimento, o sexólogo frisa a importância de uma palavra de segurança para sessões como essas. “Ela é importante para quando a pessoa estiver se sentindo não mais excitada ou com desejo, mas sim com medo e com sensações ruins. Ela é combinada antes e, uma vez dita, a brincadeira acaba”, explica.

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