Masturbação tântrica: conheça a prática e goze muito sozinha ou a dois
A masturbação tântrica tem como chave a intenção e o poder de alavancar o prazer; descubra mais sobre a prática
atualizado
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Para muitas pessoas, a sexualidade é vista como uma força espiritual que rege algumas vertentes da vida. É o caso, por exemplo, de quem pratica o tantra, visando desenvolver o prazer por meio da conexão em diversas áreas da vida. Existe, inclusive, uma maneira que utilizar os conhecimentos do tantra na masturbação, a fim de chegar ao clímax e se conhecer melhor.
A sexóloga somática Erika Mahya aponta que a masturbação tântrica surge a partir de uma prática não mecanizada de autotoque em que a intenção guia alguns estímulos e tem como foco cultuar a energia vital.
“A energia vital para os tântricos é a kundalini que tem foco na área criativa, algo que ajuda a liberar estados de estagnação energética”, afirma a especialista.
Como praticar?
A especialista aponta que, mais que visar a ejaculação ou o orgasmo, a meta, ali, é alcançar um estado contemplativo. “A intenção é saborear o momento presente e desfrutar do estado da presença que circula pelo corpo por meio da atenção plena em todos os sentidos.”
Para chegar lá, a expert orienta a abrir a percepção a todos os sentidos e desligar um pouco o foco da mente, o que pode criar uma distração para o estado corporal.
A fim de tornar o momento ainda mais completo, é possível utilizar algumas coreografias e posições. A sexóloga indica ficar com os pés no chão e os joelhos semiflexionados, fazendo movimentações que estimulem da cabeça aos pés.
“A masturbação não é focada apenas no genital, mas é uma possibilidade de incluir as respirações orgânicas e as contrações pélvicas, dentro do contexto para que haja o ritual de prazer”, acrescenta a especialista.
Masturbação com a parceria
Segundo Erika, a masturbação tântrica, quando feita com parceiros, tem como finalidade a educação. “A masturbação costuma carregar um medo, culpa e vergonha. A partir do momento que existe outra ‘testemunha’, dilui-se esse valor moral e cria-se um espaço consciente para naturalizar e conhecer o corpo um do outro.”