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Marcela McGowan fala sobre projetos e importância de quebrar tabus

Em entrevista exclusiva, a influencer afirma que vai seguir usando seu espaço para ajudar mulheres a terem mais autonomia e liberdade

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Foto de Marcela McGowan exibindo tatuagem no braço esquerdo - Metrópoles
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Em meio a tantas pautas sobre empoderamento, liberdade feminina e bem-estar sexual na atualidade, no âmbito de pessoas influentes no meio existe uma que é referência no assunto: Marcela McGowan.

A médica ginecologista e obstetra ganhou notoriedade após sua participação no Big Brother Brasil 20 (o Big dos Bigs) e, desde então, tem usado sua voz para ajudar mulheres a quebrarem cada vez mais tabus quando o assunto é prazer, relacionamentos e lugar das mulheres na sociedade.

Entre tantos projetos que a influencer assinou neste âmbito — que vão de programas a marca de sexual wellness —, está o Bumble Talks. Em parceria com o aplicativo de relacionamento, Marcela se reúne com outras mulheres para debater, semanalmente, os diversos temas que existem no mundo feminino.

Em conversa exclusiva com o Metrópoles, McGowan fala sobre o novo trabalho e sobre sua luta diária para levar às mulheres cada vez mais informação e autonomia.

Confira:

No que diz respeito a relacionamentos, qual você acredita que hoje ainda seja o maior entrave para as mulheres, mesmo com o quanto a sociedade já conquistou em relação ao empoderamento?

O assédio e situações desconfortáveis dentro e fora dos aplicativos é uma realidade para a maioria das mulheres, por isso, ter mais controle sobre com quem, quando e como iniciar uma conversa é muito importante. Ao dar a iniciativa para as mulheres, o Bumble amplia a consciência delas sobre os próprios desejos e endossa a liberdade que temos de viver e experimentar nossa sexualidade e afetos.

Você acredita que aplicativos como o Bumble, no mundo de hoje, são uma boa ferramenta para engatar relacionamentos?

O que eu gosto na ideia dos aplicativos é a possibilidade de conhecer pessoas sem sair de casa, conversar e alinhar intenções e expectativas desde o começo. Durante minha fase de solteira, eu usei muito o Bumble e, por ser bissexual, poder dar o primeiro passo e enviar a primeira mensagem sempre foi um recurso que me fazia sentir mais à vontade e segura. Além disso, acho interessante termos mulheres quebrando a expectativa de que homens devem tomar a iniciativa, isso as torna mais conscientes dos seus desejos.

Existe toda uma crença em torno de aplicativos de relacionamento, de que eles seriam “cardápios humanos”. Na sua opinião, isso é verdade? Ou vai depender de como a pessoa utiliza a plataforma?

Eu conheço muitos casais que se conheceram através de apps, assim como conheço muitas pessoas que estão em busca de conexões mais casuais ou sérias e usam aplicativos como o Bumble para isso. Desde que as pessoas sejam claras sobre suas intenções e expectativas, não existe nenhum problema nisso. Os apps de relacionamento são uma excelente opção de espaço para conhecer novas pessoas, mas a experiência que essas plataformas oferecem é diretamente ligada à intenção individual de cada pessoa.

O termo “cardápio humano” é utilizado de forma pejorativa; você acredita que hoje existe uma “demonização” do fato das pessoas muitas vezes quererem apenas relações casuais? O “só querer sexo” precisa ser, necessariamente, uma coisa ruim?

Não acho de maneira alguma que buscar uma relação casual seja algo ruim, mas é importante que sempre exista honestidade sobre as intenções entre ambas as partes.

Um assunto que tem surgido muito é o “afeto casual”, que defende que mostrar carinho não precisa ser sinal de que você quer algo mais sério, contrariando o famoso “trate ficante como ficante”. Você acha esse um movimento bacana?

Demonstrações de afeto são possíveis em qualquer relação, casual ou não. As pessoas têm tanto medo de se envolver ou dar qualquer sinal de afeto, que não se permitem criar conexões com outras pessoas. Sou super a favor de oferecer o máximo de cuidado e carinho no tempo que temos com alguém. O que não deve rolar são promessas falsas ou intenções dúbias, mas carinho nunca é demais.

Um dos seus mais recentes projetos é a marca Ludix. Você acredita que o autoconhecimento sexual interfere também na forma com que nos relacionamos com os outros? Como?

O peso da identidade de gênero é muito marcado na sexualidade, sobretudo feminina, que está sempre permeada de tabus e crenças limitantes. Isso acaba impedindo que mulheres conheçam seus corpos, desfrutem ou sequer se sintam merecedoras de prazer. Então, quando chega o momento de viver uma sexualidade compartilhada, se você não está segura com seu corpo, ou seu prazer, ou não conhece seus desejos, acaba vivendo uma sexualidade incompleta, o que eventualmente vai refletir no prazer, na libido, na autoestima e, claro, no relacionamento.

Nos seus projetos, fica muito claro que o feminino é um foco seu. Você diria que seu principal objetivo profissional é usar seu conhecimento e vivência para ajudar outras mulheres a exercerem toda sua liberdade e seguirem quebrando tabus?

Sem dúvidas, acredito que conhecimento seja a ferramenta mais poderosa e libertadora que temos. Como mulher, sei bem as amarras que nos travam e nos impedem de viver nossas liberdades, e faço o que posso com o meu conhecimento e trabalho para mudar isso.

Como surgiu o convite do Bumble Talks e como vai funcionar o programa?

A equipe do Bumble fez uma seleção incrível de temas relevantes e fomos trocando ideias sobre quais abordar e quais as convidadas ideais para cada episódio. Todos os assuntos são de extrema relevância, porque fazem parte do dia a dia das mulheres. Por exemplo, a desigualdade de gênero afeta todas as esferas, desde trabalho até relacionamentos – e essa questão está presente em todos os episódios. O mesmo sobre como amar nosso corpo, autoestima baixa, são os fatores que mais impactam negativamente o bem estar de mulheres, inclusive sexual. Discutir e desconstruir esses conceitos é essencial para uma realidade mais positiva.

Dentre as pautas abordadas no programa, você pretende conversar com as convidadas sobre sexualidade feminina? Acredita que é uma pauta em voga?

Apesar de não termos nenhum episódio específico sobre sexualidade, abordamos esse tema em quase todos os episódios — afinal, a sexualidade faz parte do nosso dia a dia e é super influenciada por questões de gênero. Acredito que é um tema que, finalmente, estamos falando mais abertamente sobre.

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