Marcela McGowan fala sobre mitos do sexo lésbico: “Cheio de clichês”
De acordo com a ginecologista em entrevista à Glamour, a representação midiática da transa entre mulheres não corresponde à realidade
atualizado
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Em uma sociedade machista e heteronormativa, é comum que quase tudo tenda a girar em torno dos homens e do que é “padrão”. Com o sexo lésbico não é diferente. Até por fazer parte do imaginário sexual de muitos homens, as crenças e representações midiáticas do sexo entre mulheres tem mais a ver com os desejos masculinos do que com o verdadeiro modus operandi dele.
Para desmistificar diversos “achismos” em torno do assunto, Marcela McGowan – que está em um relacionamento com Luiza, da dupla Luiza e Maurilio – deu à Glamour uma entrevista apontando as verdades e as mentiras do sexo lésbico.
“Existe uma imagem que não corresponde à realidade e isso é muito ruim. Vejo mulheres que vão começar a se relacionar com outras mulheres ficando muito angustiadas pela falta de referências. O que a gente tem de referência midiática é essa cheia de clichês”, explica a ginecologista e especialista em sexualidade.
Dentre as maiores crenças equivocadas que as pessoas têm sobre duas mulheres transando, Marcela falou sobre o mito de precisar existir “ativa e passiva”, o fetiche das atrizes com unhas gigantes, a necessidade de penetração e até mesmo o pensamento de que lésbicas não precisam usar camisinha.
A ex-BBB também falou sobre ser cientificamente comprovado que lésbicas e bissexuais têm mais orgasmos que as heterossexuais. Para ela, isso se deve ao script de sexo padrão que traz a penetração como protagonista do sexo e deixa de lado outros tipos de estímulos.
“É difícil generalizar: existe sexo bom e sexo ruim, e isso vale para relações hetero ou homoafetivas. A questão é o roteiro que tem a penetração como evento principal sendo que, pensando no prazer, ela não é o mais importante para a mulher. Se você ignora todos os outros estímulos, as mulheres héteros vão ter menos orgasmos”, garante.
A coluna que vos fala – que é militante do empoderamento e prazer femininos – já trouxe um guia de sexo lésbico para quem quer se aprimorar na cama, está começando a transar com mulheres ou mesmo está curioso(a). Para relembrar, clique aqui.