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Indeciso com o ménage? Entenda os riscos de topar sexo a três

Terapeuta sexual explica que concordar em fazer sexo a três para agradar o(a) parceiro(a) tem mais poder de atrapalhar do que ajudar

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Foto: 1001nights/Getty Images
Menage a trois
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Não é difícil ficar sabendo de casos em que pessoas (em sua maioria mulheres) toparam fazer um ménage à trois para agradar o(a) parceiro(a) (quase sempre homens) e depois se arrependeram.

Foi o caso de MC Mirella, que contou em entrevista a Leo Dias que fingiu estar dormindo quando o ex-noivo, Dynho Alves, levou uma segunda mulher para casa. Também de uma mulher em Rondonópolis, no Mato Grosso, que topou o sexo a três, mas ao ver o marido com outra, partiu para cima dele e foi parar na delegacia.

De acordo com a sexóloga Rita Nunes, da plataforma Sexo Sem Dúvida, o ménage a trois é um dos fetiches mais comuns entre os homens, e tem muito a ver com o poder e potência em transar com duas mulheres ao mesmo tempo.

“E infelizmente muitas mulheres aceitam participar sem se perguntar se elas realmente querem aquilo, se vai realmente agregar. Muitas têm medo que o parceiro realize a fantasia sem seu consentimento e pensa: ‘pelo menos é melhor eu estar junto’”, explica.

Tende a piorar

Se você acredita que o sexo a três foi a “solução que caiu do céu” para salvar seu relacionamento, é recomendado que se acenda o sinal vermelho. Para Rita, é justamente o oposto.

“Eu acredito que apenas casais que estejam em um relacionamento saudável e em uma fase de vida muito boa devem começar a considerar a brincar de ménage. Porque esse fetiche pode aumentar o grau de tensão de um forma que tende a atrapalhar muito mais do que a ajudar”, afirma.

Logo, fica a dica: sexo a três não salva e nem “segura” relacionamento nenhum. “Pelo contrário. Se está ruim, é provável que fique pior”, diz Rita. Nesse caso, o melhor é sempre buscar o diálogo, ou até mesmo recorrer à terapia de casais.

Antes de tentar um ménage

Como convidar uma terceira pessoa para a cama do casal não é uma decisão que deve ser tomada com a mesma facilidade que se decide fazer um bolo de chocolate, a terapeuta pontua algumas coisas a serem levadas em conta:

Ciúmes: “Tem casais que os dois ou um dos dois é muito ciumento ou muito desconfiado. Tem que ter muito cuidado para não gerar confusão depois. Tem relações que até terminam depois de um menáge”.

Cumplicidade e desejo em dia: “O casal tem que estar se sentindo muito respeitado e ter muita cumplicidade e autenticidade para trazer uma terceira pessoa. Comparações vão acontecer inevitavelmente, então é necessário estar tranquilo e se sentindo mutuamente desejado. Porque nessas situações é muito ruim se sentir excluído(a), pode ser uma experiência traumática”.

Façam um roteiro: “É preciso organizar regras. Quanto tempo vai durar, se vai ser uma noite inteira, apenas algumas horas, saber como vai ser o encontro, até por educação com o(a) visitante. Eu sugiro sempre que o casal visualize tudo antes no imaginário, para fantasiar, pensar em como vão se incluir e não deixar ninguém de fora”.

Encontro introdutório: “Neste primeiro momento, nada de transar. Pode ser um happy hour, um encontro mais descontraído para comer ou beber algo. Se conhecer, de repente até conversar algo mais quente, mas não ir para a cama. Aí sim, em um segundo encontro, se estiverem mais certos, partir para o sexo a três”.

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