Guia do Viagra: entenda riscos e como ele pode virar “muleta sexual”
Urologista explica como o medicamento funciona no organismo e afirma que não existe idade certa para tomar, mas contexto e indicação
atualizado
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Seja como “Azulzinho” ou Sildenafil, você certamente já ouviu falar do Viagra. O medicamento, que surgiu em 1998 e foi patenteado pela Pfizer, é um vasodilatador utilizado no tratamento de disfunção erétil, dificuldade em ter ou manter uma ereção.
No imaginário popular, o remédio é destinado a homens mais velhos; contudo, muitos jovens que não têm problemas de ereção lançam mão dele. Geralmente, os homens que usam o Viagra indiscriminadamente têm o objetivo de “durar mais” no sexo, mantendo a ereção por mais tempo.
De acordo com o urologista e sexólogo Celso Marzano, também conhecido com Dr. do Sexo, sempre que demandado, o medicamento vai funcionar. Contudo, para que o efeito seja notado, é necessário que haja estímulo sexual. “O remédio pró-ereção não causa e ereção, apenas a mantém”, explica.
Idade certa
Ao contrário do que a maioria pensa, o especialista pontua que não existe uma idade certa ou mesmo mínima para a utilização do Viagra, mas sim contexto e indicação específicos.
“O homem pode precisar de Viagra em qualquer idade, seja com 20 ou 50. Se você tem uma disfunção erétil ou impotência sexual, isso é tratado com medicamento. Pode também haver associação com terapia sexual, realizando exercícios de resgate”, afirma.
Riscos
Fica, então, o questionamento: se não existe idade mínima, por que é um problema os jovens estarem tomando? Segundo Marzano, jovens que não têm disfunção, quando se acostumam a tomar Viagra para manter uma ereção, podem acabar usando o remédio como “muleta”.
“Ele se condiciona a tomar o remédio para conseguir manter uma ereção em vez de tê-la de forma natural, uma vez que não tem reais dificuldades para isso. Uma vez que isso acontece, é difícil tirar o remédio dessa pessoa. Só com todo um trabalho de reconstrução de autoestima e segurança”, diz.
Como tomar?
Antes de tudo, o médico alerta que é muito importante entender que o Viagra é um medicamento como qualquer outro, e que só deve ser tomado com indicação e acompanhamento médico de um urologista.
Dito isso, o médico esclarece que não existe uma frequência exata, mas que, geralmente, quando ministrado, o medicamento é tomado de uma a duas vezes por semana. “O Viagra dura de seis a oito horas, mas no dia seguinte ainda tem um resíduo e o homem ainda consegue ter uma relação sexual boa”, finaliza.