Gozar fora? Conheça mitos e curiosidades sobre o coito interrompido
As chances de falha do método para impedir a gravidez são altas, além de não proteger contra doenças sexualmente transmissíveis
atualizado
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Camisinha, pílula anticoncepcional, DIU, tabelinha e coito interrompido são alguns entre os muitos métodos utilizados na tentativa de prevenir uma gravidez indesejada. Mas na hora “H”, muita gente opta por ficar pele a pele, e ainda nos dias de hoje acaba utilizando um dos métodos mais falhos como contraceptivo: o coito interrompido.
Recentemente, a apresentadora Raíza Costa, do programa Rainha da Cocada do GNT, revelou a gravidez com um post advertindo: “FECUNDEU! Não acreditem no coito interrompido, crianças”, brincou a chef de cozinha.
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Conhecido como coito interrompido, a prática consiste na retirada do pênis da vagina antes da ejaculação, tentando assim evitar a gravidez: “As chances de falha desse método pode chegar a 25%, sem contar que não protege contra as infecções sexualmente transmissíveis”, alerta Lilian Fiorelli, da plataforma Sexo Sem Dúvida.
Um levantamento realizado pela Ipsos/Organon revelou que apenas 13% das mulheres brasileiras tem conhecimento das opções de métodos contraceptivos. Confira abaixo algumas curiosidades e mitos sobre a prática.
Gozando fora
Durante a relação sexual, a prática consiste em gozar fora da vagina com o intuito de evitar a gravidez: “É um método que tem o maior índice de falha. Na sensação do pré-orgasmo o homem tem que ter a agilidade de retirar o pênis do canal vaginal”, explica a ginecologista.
Por que eles falham?
De acordo com a especialista em sexualidade feminina, geralmente quando existe a falha, é do método em si: “O homem acaba tirando o pênis durante o processo da ejaculação, e já saiu algum líquido dentro, ou ainda, o parceiro não tem a percepção do momento exato. Ele acha que está no pré-orgasmo e já ejaculou, e na hora de gozar, alguma parte já foi perdida”, explica. “Há ainda a outra questão que pode contribuir para a falha do método, que muitos homens não têm o autoconhecimento sobre a iminência da ejaculação”, pontua.
É mito
Um dos maiores mitos sobre a prática, é acreditar que apenas o líquido que sai na ejaculação pode causar a gravidez: “Durante o processo de lubrificação do canal da uretra, quando o homem fica excitado, o líquido já pode conter espermatozoides”, esclarece.
Ela reforça que os casais precisam levar em consideração se a gravidez é realmente algo indesejado e alinhar expectativas. O alerta da especialista é que para quem não quer engravidar, esse método apresenta um índice muito alto de falha, podendo chegar a 25%.
Posições que favorecem a retirada
A terapeuta sexual Julia Cepeda sugere algumas posições que podem ajudar a retirar o pênis com mais rapidez: “De quatro, ou em pé são duas posturas que facilitam na hora ‘H’ para gozar fora, mas é preciso lembrar que mesmo antes de ejacular pode sair algum líquido que contenha espermatozoide”, esclarece a especialista.
Por que ainda é utilizado?
Apesar dos vários “contras”, muita gente acredita que a técnica seja confiável. “Quem faz o uso do coito interrompido não quer usar hormônio ou camisinha, e acaba recorrendo a esse método achando que é uma prática segura”, aponta Jéssica. Por fim, é preciso estar ciente das chances de falha do método e principalmente que a camisinha é o método que previne contra as ISTs.
A dica para quem não quer engravidar é recorrer a outros métodos mais seguros: “As opções são muitas como pílula hormonal, DIU de cobre, DIU hormonal, preservativo e ainda a combinação de alguns métodos”, finaliza.