“Gozar fora”: 49,25% das pessoas preferem que ejaculação seja na boca
Pesquisa encomendada pelo Metrópoles aponta que, no coito interrompido, para 64,09% das pessoas o local a se “gozar fora” é relevante
atualizado
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Entre as pessoas que querem evitar uma gravidez ou mesmo têm fetiches que envolvem sêmen, o “gozar fora” é uma prática muito comum. Também conhecido como coito interrompido, o hábito consiste em parar a penetração no momento em que o homem sente que vai atingir o orgasmo e destinar a ejaculação para outro lugar que não o interior da vagina ou do ânus.
Uma pesquisa encomendada exclusivamente pelo Metrópoles ao Sexlog aponta que, entre os adeptos do coito interrompido, para 64,09% o local em que se vai gozar é relevante. O local queridinho da grande maioria (49,25%) é dentro da boca da parceria. A outra metade se dividiu entre bumbum (18%), rosto (14,22%), barriga (4,30%), e costas (1,37%). Para quem preferia outros lugares, seios foi um dos mais citados.
Mas por que o sêmen e o lugar onde é despejado seria fonte de fetiche? “Existem pessoas que possuem grande excitação em ver e sentir o esperma jorrar sobre o corpo delas. Há também a questão de sentir prazer em ver o prazer do outro”, explica o psicólogo especialista em sexualidade humana Marcos Santos.
O especialista aponta ainda que o fetiche pode partir também da parte do corpo em que se ejacula, e não à ejaculação em si. No imaginário erótico das pessoas e nas categorias das plataformas pornô, o “gozar na cara”, “gozar na boca” e outras modalidades fazem sucesso.
Para quem utiliza o coito interrompido como método contraceptivo, fica o alerta: apesar de muito usado, especialistas não o recomendam, uma vez que existem chances de engravidar com o líquido de lubrificação e também correr o risco do homem não tirar o pênis a tempo. Logo, o ideal seria usar camisinha ou, ao menos, associar o coito com algum outro método.
É saudável?
Antes de escolher o lugar que te dá mais tesão para a prática, existem alguns detalhes que precisam ser levados em conta. Afinal, dependendo do local em que o fluido cair, pode causar irritações e até mesmo a transmissão de doenças.
“Uma pessoa infectada pode ter em seu esperma agentes de HIV, HPV, sífilis, clamídia, gonorreia e herpes, por exemplo. O contato do esperma com a mucosa da boca, olhos e ouvidos é o principal responsável pelo contágio dessas doenças”, alerta o especialista.
No caso de uma pessoa saudável, receber sêmen na boca ou até mesmo engolir são atos que não trazem risco à saúde. Ou seja, se for consensual, na boca está mais que liberado.