Glitter no pinto? Transar “brilhoso” no Carnaval pode trazer riscos
Em meio ao Carnaval, que é sinônimo de glitter, fica o alerta: fazer sexo com brilho no corpo pode machucar e trazer outros riscos
atualizado
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Sem dúvidas, um dos elementos mais onipresentes do Carnaval é o glitter — no cabelo, na fantasia, no corpo e em todos os outros lugares nos quais ele é colocado. Contudo, uma vez que Carnaval é época de pegação, vale se perguntar: durante o sexo, não faz mal estar com o corpo coberto dessas partículas?
A resposta pode decepcionar: sim, existem chances de fazer mal. De acordo com a ginecologista associada da AMCR Ana Gabriela Puel, o glitter pode conter bactérias que são capazes de alterar a flora natural da vagina e também causar infecções.
“Além disso, o plástico do glitter vai ser reconhecido pela mucosa da vagina como um corpo estranho. Isso provoca a formação de uma massa ou uma nodulação no canal vaginal, que chamamos de granuloma”, explica.
Sem contar que, a depender do tipo e espessura, o próprio atrito da penetração ou fricção pode vir a ser doloroso, como se fosse uma espécie de “areia” durante o sexo. “Eventualmente, os glitters são feitos de plásticos com consistência mais endurecida e, durante a penetração, podem fazer fissuras e até cortes no canal vaginal”, elucida.
Como evitar?
A primeira dica é evitar colocar os brilhos muito perto da região genitália. Contudo, se acontecer, o ideal é higienizar a região externa com água e sabonete adequados (importante não lavar a região interna).
“Além disso, fique atenta a alguns sinais, como corrimento, coceira ou dor na região genital. Caso algum desses sintomas apareça, procure imediatamente sua ginecologista”, alerta.