Espiadinha? Sexóloga explica voyeurismo e como consentimento é a chave
O termo voyeurismo surgiu da palavra em francês “voyeur”, que traduzindo significa “aquele que vê”
atualizado
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Fetiches costumam apimentar as relações sexuais por mexerem com a imaginação. Mas você já ouviu falar em voyeurismo? O termo surgiu da palavra em francês “voyeur”, que traduzindo significa “aquele que vê”.
A prática promove prazer por meio da observação e, assim como qualquer outro ato sexual, exige consentimento.
A sexóloga e terapeuta sexual Tamara Zanotelli comenta que o voyeurismo é caracterizado pelo prazer em assistir outras pessoas praticando sexo e é uma parafilia, ou seja: fantasias e práticas sexuais que fogem aos padrões socialmente instituídos.
A profissional descreve o voyeurismo como um fetiche sexual que consiste na observação de uma pessoa no ato de se despir, nua ou realizando atos sexuais. Vale ressaltar que o fetiche geralmente se concentra naquele momento em que a pessoa está observando aquilo que é íntimo.
O voyeurismo é uma forma de realizar os próprios desejos por meio dos outros. É importante reforçar, no entanto, que existe uma linha tênue entre o sexualmente saudável e o que não é consentido. Para ser considerado voyeur, é preciso notar uma necessidade de sentir prazer sexual observando alguém nu ou durante o ato sexual.
Quando se torna um problema?
Quando invade o espaço de outros sem consentimento já é um sinal de alerta. Observar o vizinho envolve alguém sem consentimento e, de acordo com a profissional, é uma clara violação de privacidade. “O voyeurismo consensual vai acontecer quando todas as partes envolvidas deram consentimento claro de serem observadas.”
“O fetiche sempre tem que ser consensual, tem que ter um planejamento, e para isso deve haver um cenário em que todas as pessoas se sentem seguras, e, assim, o momento pode fluir ainda mais prazeroso para quem faz o ato e para quem assiste”, salienta a sexóloga.
Como praticar de forma segura?
Tendo o consentimento como chave, existem plataformas de pessoas interessadas em observar e serem observadas durante as práticas sexuais. Uma outra opção são as casas de swing, onde existem espaços apropriados para a prática do voyeurismo.
Além disso, Tamara recomenda fazer em casa. “Se é do interesse da pessoa pode rolar uma sessão de observação em casa com um observando o outro ou até trazer outras pessoas, mas claro, tudo com muito diálogo.”
Pode ser crime?
O voyeur pode ser considerado um criminoso, caso o objeto de observação se sinta invadido em sua privacidade e dê queixa à polícia. Alguns, contudo, só admitem o que fazem quando são pegos em flagrante.