Entre nós: veja curiosidades sobre o shibari, fetiche japonês de amarração
A técnica surgiu como forma de imobilizar e castigar prisioneiros, mas ganhou conotação erótica e é conhecida como o bondage japonês
atualizado
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Entre as práticas do BDSM, a privação de liberdade consequente de ser amarrado(a) por cordas é uma das que mais faz sucesso. O shibari – termo japonês para o verbo amarrar ou ligar – é uma técnica erótica de amarração.
Trata-se de uma prática milenar japonesa que, antes nada relacionada ao sexo, passou a ter conotação erótica no século XX com a expansão dos conceitos de dominação e sadomasoquismo, ficando conhecida como o Bondage janponês.
Quer saber mais sobre o shibari? A Pouca Vergonha listou oito curiosidades sobre a técnica. Confira:
Usada para prender criminosos
Como dito anteriormente, antes do século XX o shibari não tinha conotação erótica. A prática é inspirada no Hojojutsu, técnica milenar utilizada pelos samurais para amarrar prisioneiros.
Shibari é arte
Com o tempo, o shibari, com todo seu apelo estético, ultrapassou os limites do fetichismo e também é praticado como expressão artística, não sendo necessário nudez ou contexto sexual para que aconteça. Sessões e referências de shibari aparecem em galerias, exposições e até mesmo em passarelas.
Terapêutico
Outra função que atribuem ao shibari é a terapêutica. Uma vez que a pessoa é privada de seus movimentos, há quem utilize a técnica como método meditativo, para autoconhecimento e relaxamento da mente.
Tesoura específica
Assim como qualquer outra prática do BDSM, o shibari tem cuidados específicos que precisam ser tomados para que haja segurança. Em casos de emergência em que a corda precise ser cortada, é utilizada uma tesoura de ponta romba – que não machuca a pele de quem está amarrado.
A corda importa
Diferente do bondage, o shibari é feito obrigatoriamente com cordas, sempre de fibras naturais. Na técnica, a corda funciona como um meio de conexão entre quem é amarrado e quem amarra. Outra diferença entre o shibari e o bondage é que a primeira valoriza a confecção dos nós.
Chão, semi-suspenso e suspenso
O shibari é dividido em três técnicas: a Ne Waza (de chão), em que as amarrações são feitas no solo; e as Kata ashi tsuri (de semi-suspensão) e Tsuri (de suspensão), em que a pessoa amarrada fica meio ou completamente suspensa. Nessas últimas, os nós são mais precisos e firmes, mas ao mesmo tempo mais fáceis de serem desfeitos.
After care
No shibari, o chamado after care é quase tão importante quanto a sessão em si. Segundo os praticantes, é o momento em que se volta à realidade e se verifica o psicológico do submisso. Além de fazer alongamentos e massagens para a normalização da circulação.
Cursos
Por envolver amarrações e suspensões, o shibari pode ser uma prática perigosa se não for praticada de forma segura e apropriada. Por isso, diversos cursos para que se aprenda a técnica são oferecidos – tanto em workshops presenciais, quanto em aulas online.