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Entenda como a pandemia pode aumentar as chances de vício em sexo

Sexólogo explica como funciona o transtorno do comportamento sexual compulsivo e dá dicas de como evitá-lo em um momento de ansiedade

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Em tempos de pandemia, privações, isolamento, incerteza e medo, as pessoas mundo afora precisaram lidar cada vez mais com problemas como ansiedade, estresse, depressão, insônia etc.

Dentre todos os malefícios que estas questões trazem, está também a maior predisposição aos vícios. De acordo com uma pesquisa realizada em agosto de 2020 pela Fundação Oswaldo Cruz, Universidade Federal de Minas Gerais e Universidade Estadual de Campinas, aumentaram os índices de vícios como cigarro e álcool.

Com isso, fica a pergunta: apesar de sexo ser algo saudável, todo o pano de fundo da pandemia pode fazer com que ele passe a ser um vício? Sabe-se que o sexo e a masturbação podem ser viciantes por conta da descarga de neurotransnmissores geradas pelo orgasmo.

“No orgasmo são liberados dopamina, endorfina, serotonina, entre outros. Se isso gera uma sensação de alívio e êxtase, pode ser que esse indivíduo utilize disso várias vezes para escapar de algo, aliviar uma ansiedade ou estresse, e consequentemente gerar um vício também”, explica o terapeuta sexual André Almeida.

Para ser considerado um vício, o sexo precisa passar a ser prejudicial para a pessoa. “O transtorno do comportamento sexual compulsivo vai ser caracterizado por afetar negativamente a saúde, as relações familiares, sociais e profissionais de quem o tem”, afirma.

Ou seja, André ressalta que, ainda que muitas pessoas usem a palavra “vício” para descrever um apetite sexual grande, ser viciado em sexo e apenas gostar muito de sexo são coisas completamente diferentes.

Fique atento(a)

Em um momento de pandemia, no qual a masturbação e o sexo podem ser transformados em via de escape para muitos, todo cuidado é pouco.

Para se prevenir e identificar se é o caso de um transtorno psicológico, o especialista indica analisar o motivo do comportamento sexual toda vez que o tiver.

“Antes de tudo, deve-se entender por que estamos utilizando o sexo. Se você está transando ou mesmo se masturbando porque está com tesão, tudo bem. Mas se estiver usando como forma de diminuir algum sofrimento, é melhor tomar cuidado”, diz.

Logo, mesmo em momentos difíceis, o ideal é encontrar a melhor forma de lidar com as próprias questões. “Quando transamos para esquecer algo, usamos isso como subterfúgio de fuga. Utilizamos uma saída e deixamos de lidar com aquilo. O mais indicado é procurar ajuda”, finaliza.

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