Entenda a chuva de prata, fetiche que viralizou após homenagem a Gal
Após Mauricio de Sousa publicar uma charge com a música para homenagear a cantora, a web reagiu e fez memes: “Apaguem”
atualizado
Compartilhar notícia
“Chuva de prata que cai sem parar, quase me mata de tanto esperar”. A canção de Gal Costa – envolta em teorias sobre uma possível referência a um fetiche – deu o que falar nas redes. Após Mauricio de Sousa homenagear a cantora com uma charge de Chuva de Prata, a web reagiu e fez meme do teor sexual do desenho.
Mas você sabe do que se trata a chuva de prata no mundo fetichista? Apesar das opiniões serem divididas, a teoria mais aceita é de que se trata da “chuva” de ejaculação do homem na parceria, mais conhecido como o “gozar na cara”. “Basta um pouquinho de mel para adoçar…”.
Homenagem da Turma da Mônica a Gal Costa escandaliza web: “Apaguem”
Ao contrário do que se pode pensar, a prática não faz parte apenas do imaginário masculino. A “bagunça” com o sêmen também pode proporcionar muito prazer às mulheres.
“Existem mulheres que possuem grande excitação em ver e sentir o esperma jorrar sobre o corpo delas. Há também a questão de sentir prazer em ver o prazer do outro”, explica Marcos Santos, psicólogo especialista em sexualidade humana da plataforma Sexo Sem Dúvida.
Por trás do “gozar na cara” também pode haver parafilias – comportamentos incomuns que envolvem prazer sexual – específicas. Uma delas é a crinofilia, que é caracterizada pelo fetiche por secreções da parceria: saliva, suor, sêmen, entre outros.
Contudo, o especialista aponta que o fetiche pode partir também da parte do corpo em que se ejacula, e não à ejaculação em si, já que o rosto não é o único alvo de desejo para receber o sêmen.
“Pode ejacular nas costas, na bunda, entre as coxas, nas mãos, nos pés, no cabelo, seio, pescoço, abdômen, quadris, entre outras”, exemplifica.
Mas não era xixi?
Apesar de ser mais conhecido como golden shower ou banho dourado, o fetiche por receber uma chuva de urina do(a) parceiro(a) também é chamado por algumas pessoas de chuva de prata. Em plataformas adultas, por exemplo, ao procurar o termo, aparecem vídeos dos dois fetiches.
“É extremamente normal entre homens e mulheres. A prática é um sentimento de prazer ao ser urinado ou urinar no outro. É algo ligado à submissão”, explica a educadora sexual Karol Rabelo em entrevista anterior ao Metrópoles.
Ela complementa que o prazer não está ligado apenas ao ato de urinar, mas de o fazer durante o sexo. Ele diz, também, que não é necessário engolir o líquido. “Tem pessoas que têm desejo de receber o xixi e outras de fazer. Trata-se de um fetiche muito particular, mas é surpreendente o número de adeptos. Já entrevistei algumas profissionais do sexo que me confirmaram que é um bastente pedido pelos clientes”, garante.