Ela me trocou pelo vibrador. Por que ter ciúmes de brinquedos sexuais?
“Mas eu não te satisfaço mais?” ou “meu pênis não dá conta?” são perguntas frequentes quando a parceira sugere o uso de produtos para esquentar a relação
atualizado
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Com os olhos meio perdidos e a voz um tanto embargada, ele admite: “Tenho ciúmes do vibrador”. Sexólogas contam que, em lugar de ter os brinquedinhos sexuais como melhores amigos, alguns decidem rotulá-los como rivais.
O frágil ego masculino muitas vezes se sente ferido diante do “concorrente”. O machismo também atrapalha na cama e algumas mulheres têm vergonha de sugerir a brincadeira. Aqui vão algumas dicas para qualquer casal — homo ou heterossexual — que deseja expandir os horizontes do prazer.
1. Procure ajuda
“Alguns casais têm receio que o brinquedo possa dar mais prazer ou mesmo que a parceria possa ser trocada por esse objeto. Com a terapia sexual, os diálogos começam aumentar e muitas vezes os brinquedos começam a fazer parte do rotina sexual”, explica a psicóloga e sexóloga Priscila Junqueira.
“Primeira coisa é ter uma conversa bem aberta e franca sobre isso, tirando todas as dúvidas, como: “mas eu não te satisfaço mais?” ou “meu pênis não dá conta?”, e por aí vai”, diz a sexóloga sexóloga do site C-date, Carla Cecarello.
2. Não se reprima
Precisamos conversar sobre a assassina de tesão, principal vilã entre quatro paredes: a vergonha.
“Ainda temos muitas mulheres que tiveram educação sexual rígida e não se permitem nem pensar no uso de brinquedos. Eles ajudam a quebrar a rotina, a ter sensações novas, mais intimidade, é uma ressignificação da sexualidade para ambos os gêneros”, explica Priscila.
3. Eu, você e o nosso brinquedinho
“Tenho vivenciado com meus pacientes que a objetividade em colocar o assunto é algo que precisa existir. Seja objetivo e fale de seus desejos. Toda relação precisa ter objetividade e transparência, ainda mais uma relação sexual”, aconselha Priscila.
“Trazer qualquer tipo de brinquedos, géis, acessórios, sem antes conversar com a parceira ou parceiro, pode gerar insegurança e perda da libido por parte do outro”, ressalta Carla.
4. Vibrador vicia?
“Não aconselho usar em todas as relações sexuais, pois muitos casais, por fazer assim, acabam desenvolvendo certa dependência desses brinquedos para se erotizarem, e isso é ruim. O ideal é que o casal eventualmente utilize os brinquedos para tornar a relação mais divertida”, diz Carla.
5. Diversão solitária
É importante ressaltar também que os brinquedos eróticos podem ser usados tanto a dois como sozinho. Quando são utilizados de forma solitária, contribuem para a descoberta das próprias sensações, do próprio prazer.
6. Por onde eu começo?
Cada tipo de “brinquedinho” tem formatos e potências diferentes. Isso significa abrir as portas para várias formas de orgasmo: curto ou longo, intenso ou rápido, com e sem ejaculação (inclusive para as mulheres). Vem ver o que tem de mais legal no mundo dos sex toys. Já os conhece intimamente? Sempre tem uma novidade.
Rabbits: São vibradores clássicos. Em um episódio de Sex and The City, a personagem Charlotte fica viciada nesse aparelhinho poderoso. É um consolo com um coelhinho acoplado para massagear o clítoris e fazer penetração, ao mesmo tempo. (Aqui tem)
Cavalo marinho: Um curvatura na ponta do Cavalo Marinho de silicone ajuda-o a alcançar o famoso ponto G. Ele também é anatomicamente pensado para ser fácil de segurar. (Aqui tem)
Mahana: É um vibrador para casais. Tem duas “pontas”. Uma delas estimula o clítoris, enquanto a outra fica dentro da vagina, sem impedir a penetração. Quando o pênis entra, o parceiro também sente a vibração. Ai que loucura! Tem aqui.
P2 Estimulador de próstata: Sem preconceitos. Se experimentarem, contem para a gente se valeu a pena. Tem aqui
Lily: Não se engane com o tamanho do Lili. Ele é pequeno, mas poderoso. Tem o formato perfeito para “abraçar” o clítoris todinho. Uma delícia, com várias velocidades. O FluidLab testou e conta para você como foi aqui.
Coelhinho: Não é brinquedo, não. Essas orelhinhas fazem milagre. Uma sugestão de uso é encaixar o clítoris entre as orelhas do coelho, que vibra em várias velocidades. Loucura, loucura.
Uma dica importante: fique atento ao material do qual o vibrador é feito. Aqui você encontra um guia para orientar suas escolhas. Às vezes, vale a pena investir uma grana, para não correr o risco de ter alergias.