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É cilada, Bino? Saiba se ter uma amizade colorida com o ex é boa ideia

Terapeuta sexual explica o que é preciso estar resolvido e alinhado para uma amizade colorida com um ex dar certo

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Foto colorida em close de casal se beijando - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida em close de casal se beijando - Metrópoles - Foto: Tatiana Maksimova/Getty Images

Quem nunca pensou na possibilidade de viver uma amizade colorida, que atire a primeira pedra. Em certos momentos da vida, viver algo sem compromisso ou cobranças com alguém legal pode ser uma boa ideia. Mas e se o escolhido para isso for um ex?

Não é novidade que muitas pessoas terminam relacionamentos por não terem dado certo dentro de uma dinâmica de casal, mas continuam tendo contato — e atração física — com a antiga parceria.

De acordo com a psicóloga e terapeuta sexual Tâmara Dias, um relacionamento aberto, de maneira geral, pode dar muito certo ou muito errado. O resultado vai depender das expectativas, da clareza e da maturidade de cada um dos envolvidos.

“No geral, já é uma situação em que, com o tempo e a intimidade, pode aparecer ciúmes, sentimento etc. Por isso, é preciso ter abertura para diálogo e muita clareza de que realmente você não está atrás de um relacionamento sério”, afirma a especialista.  “Quando é com um ex, esse cuidado precisa ser redobrado. É muito importante ter certeza de que tudo que foi vivido com a outra pessoa está resolvido e superado. Não pode ter nada pendente”, frisa.

Expectativas

Sabendo que pode dar certo, o primeiro passo é responder com sinceridade ao seguinte questionamento: “o que eu estou buscando com esse relacionamento?”. Nesse momento, é essencial colocar no papel (literalmente, se preciso for) os cenários que podem acontecer, o que você está disposto a aceitar ou não, entre outras questões.

“Isso é importante em qualquer relacionamento, independente da configuração. Mas em uma amizade colorida, principalmente com um ex, é preciso ter um grau alto de desapego e leveza para tratar certas situações. Ter um olhar de respeito para a outra pessoa e as vontades dela, ter responsabilidade afetiva”, elucida.

Sobre as intenções com a relação, Tâmara faz um alerta: não pense, em hipótese alguma, em entrar numa amizade colorida afirmando não querer nada sério quando, na verdade, você quer um relacionamento e tem o objetivo de conquistar a pessoa ao longo do tempo. Isso, sim, é cilada.

“Além de ser prejudicial para a própria pessoa, porque ela vai estar alimentando algo que pode não acontecer, também é injusto com a parceria. Até porque ninguém está livre de se apaixonar, por exemplo. Mas, nessa situação, é preciso ter maturidade para conversar sem cobranças sobre o sentimento e, caso não seja recíproco, deixar a pessoa livre para ir”, orienta.

Por fim, a especialista ressalta que, apesar de não ser obrigatório marcar uma sessão de terapia toda vez que pensar em entrar em um relacionamento, é indispensável dar um check nas seguintes perguntas:

1. O que eu quero e o que eu não quero?
2. O que eu tolero e o que eu não tolero de forma alguma?

Tendo clareza e sinceridade nas respostas, é só partir para o abraço.

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