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Dor nas bolas pode ser problema, mas também pode ser fetiche. Entenda

Saiba as causas mais comuns de dor nos testículos e entenda como funciona o ballbusting, fetiche em ser golpeado nas bolas

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Homem com as mãos na frente da região dos testículos - Metrópoles
1 de 1 Homem com as mãos na frente da região dos testículos - Metrópoles - Foto: SCIENCE PHOTO LIBRARY/Getty Images

Para além dos motivos emocionais que podem atrapalhar na hora de fazer sexo, existem também os motivos físicos. No caso das pessoas que têm testículos, um dos possíveis empecilhos para uma transa é a famosa “dor nas bolas”. Mas por que elas acontecem?

Sabe-se que o saco escrotal é uma área muito sensível no corpo masculino, logo, a dor na região pode ser causada por diversos fatores. De acordo com artigo do Insider, revisado pelo cirurgião urológico e diretor médico da Urology Cancer Specialists, S. Adam Ramin, existem diversas possíveis razões; dentre as mais comuns:

  • Epididimite: o epidídimo, um tubo localizado atrás dos testículos que ajuda a transportar e armazenar esperma, pode ficar inchado e inflamado devido a lesões, traumas, infecções bacterianas e infecções sexualmente transmissíveis;
  • Torção: sentiu dor só de ler? Pois é. Quando o testículo se torce, o fluxo sanguíneo que vai para a região é cortado, o que causa dor súbita e intensa. A torção testicular acontece com mais frequência do que se pode imaginar, principalmente em pessoas com menos de 25 anos;
  • Trauma: quem nunca levou aquela pancada no saco que atire a primeira pedra. Acidentes como chutes, socos, batidas, mal jeito durante a penetração sexual e até mesmo mordidas são algumas das principais causas de trauma testicular.

Credo, que delícia!

Se a maior parte das pessoas não gosta nem de imaginar a dor de uma pancada na região escrotal, tem quem sinta muito tesão nisso e até mesmo pague para ser atingido nas partes baixas. Ao fetiche em ser golpeado (com força) na genitália se dá o nome de ballbusting.

Ele faz parte das milhares de práticas que o BDSM engloba. Além de estar relacionado com sadismo, masoquismo, dominação e submissão, as sessões seguem a regra do São, Seguro e Consensual e devem ter uma palavra de segurança.

E vale ressaltar que, mesmo que o golpe mais clássico seja o chute no saco. O fetiche envolve golpes no geral, e estão liberados pisões, puxadas, apertões, beliscões, mordidas e por aí vai.

Ainda que não haja uma regra específica, esse fetiche geralmente está relacionado ao Femdom, que é a dominação feminina. Logo, na maioria das vezes são homens sendo “torturados” por mulheres. E não são apenas os homens que gostam de ballbusting. Na verdade, é o oposto – na maioria das vezes, são as mulheres que têm o fetiche e têm dificuldade em encontrar um homem que tope.

Nicho pornográfico

Para quem acha “bizarrice”, é bom saber: pode ser que exista quem goste (e muito) e só não tenha tido coragem de colocar em prática. Um indício disso é o consumo do fetiche na indústria pornô – apenas no PornHub, basta uma busca para encontrar mais de 6 mil resultados com o tema.

Inclusive, o ballbusting é tão consumido que, no Brasil, já chegou a existir uma produtora que se dedicava apenas a filmes com essa temática. O nome dela? Kebranozes.

Tudo é válido

Julgamentos à parte, é sempre bom lembrar de que, quando se trata de prazer, tudo que for consentido e não trouxer sofrimento (não desejado), é válido. De acordo com o terapeuta sexual André Almeida, nem toda parafilia e fetiche sexual vai chegar a ser um transtorno.

“O transtorno vai desenvolver o sofrimento do indivíduo ou de outra pessoa, o que inclui também o não consentimento. Por exemplo, se a pessoa só conseguir sentir tesão com a presença do elemento de fetiche e isso trouxer prejuízo à vida dele, configura-se um transtorno. Se não atrapalha, não é”, garante.

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