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Dia da Independência: masturbação solo melhora o sexo a dois; entenda

Você acha que a parceria não precisa se masturbar por estar em um relacionamento? Especialista explica importância da individualidade sexual

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Foto: Deon Black/Pexels
Foto colorida de uma mão feminina com as unhas vermelhas com os dedos dentro de uma fatia de melão em um fundo cor-de-rosa - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de uma mão feminina com as unhas vermelhas com os dedos dentro de uma fatia de melão em um fundo cor-de-rosa - Metrópoles - Foto: Foto: Deon Black/Pexels

Não é difícil encontrar quem ache que pessoas casadas ou que estão em um relacionamento não “precisam” se masturbar; sem contar com as pessoas que sentem ciúmes caso a parceria se masturbe. Contudo, ambas as crenças precisam ser desconstruídas para que se tenha uma vida sexual a dois mais saudável.

É importante saber que o comportamento sexual com outras pessoas e o comportamento autossexual são completamente diferentes em finalidades, ritos e energias investidas. Ou seja, não competem entre si, mas se complementam.

De acordo com o terapeuta sexual André Almeida, a raiz desse tipo de pensamento tem diversas variáveis. “Podemos começar pela falta de compreensão acerca do que são fantasias sexuais. As pessoas pensam que, durante a masturbação, a parceria pode estar pensando em outra pessoa, mas fantasias são individuais, e isso não necessariamente vai traduzir os comportamentos desse indivíduo”, explica.

Outra questão, e talvez a mais presente no imaginário das pessoas, é que os indivíduos têm uma percepção de que, se há masturbação, é porque o parceiro não está dando o prazer que deveria dar. Isso também passa pelo fato de que muitas pessoas chamam vibradores e dildos de “consolos”.

“A ideia do consolo gira em torno de suprir uma falta, que seria a falta de outra pessoa. Por que o outro precisa ser responsável por esse prazer?”, questiona.

O fato é que, na sociedade, são imputados muitos mitos a respeito do sexo, o que faz faz com que o indivíduo entre em uma competição de “eu sou a única pessoa que detém o prazer do outro, e o outro é o único que detém meu prazer”, o que acaba prejudicando a sexualidade individual de cada um e, indiretamente, a vida a dois.

Masturbem-se!

Ao contrário do que é instituído, a manutenção saudável da individualidade sexual é muito benéfica para o sexo no relacionamento. “Apesar de serem, muitas vezes, vistos como inimigos, o autoprazer e os brinquedos sexuais são formas maravilhosas de se descobrir e de dar prazer para nós mesmos”, pontua André.

Como consequência do autoconhecimento, vem também uma maior facilidade de passar para a parceria o que mais gosta ou desgosta. Logo, o sexo a dois fica muito mais gostoso.

“É muito importante o investimento em tempo para você, para sua individualidade e exploração do seu próprio prazer, porque isso abre espaço para descobrir coisas que são importantes e prazerosas. Deixando essa exploração muito em ‘tentativa e erro’ a partir do outro, vai ser muito difícil”, finaliza.

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