Cresce a procura de vibrador por mulheres com mais de 50 anos de idade
O aumento da procura por brinquedos eróticos nessa faixa etária cresceu cerca de 20% de acordo com dados de pesquisa
atualizado
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A busca pelo auto prazer cresce a cada dia e alcança cada vez mais mulheres. Foi-se o tempo em que comprar um brinquedo sexual, vibrador ou masturbador era motivo de vergonha, ou voltado apenas para mulheres jovens.
Apesar de caminharmos a passos lentos, a procura por produtos eróticos vem apresentando um crescimento em todas as faixas etárias, e chegou a 20% de aumento nos últimos meses entre o público de mulheres acima de 50 anos de idade.
Os dados são do e-commerce Diversão e Amor. De acordo com a diretora Natália Cavalcante, o público entre 24 e 35 anos representa a maior parte das vendas, e apresentou um crescimento de mais de 30% no período.
“Mas, o que chamou a atenção dos profissionais foi a alta procura entre as mulheres de 40 a 60 anos”, comenta. A especialista associa essa procura à repercussão da personagem vivida por Andréa Beltrão, da novela Um lugar ao sol, na rede Globo.
De acordo com Natália, apesar da loja ter muitas clientes entre 20 e 25 anos de idade, em fase de descoberta sexual, que buscam experiências quentes, além de mulheres em fase de transição, de 29 a 35 anos, que querem explorar o sexo com ousadia, são as lobas empoderadas, com 40, 50 anos ou mais que estão se destacando neste momento.
“Nosso balanço de vendas realizadas nos últimos seis meses mostrou que houve um aumento não só quantitativo, mas também qualitativo, pois as mulheres desta faixa etária estão começando a entender mais sobre os tipos de brinquedos eróticos e não compram mais apenas lubrificantes ou lingeries para “agradar” o par.
Influência positiva
A especialista destaca que os fatores que justificam esse aumento são muitos. Como por exemplo o momento de crescimento de um movimento de empoderamento na sociedade como um todo para vencer muitos dos tabus que ainda existem.
Para Natália, a cena da personagem de Andrea Beltrão se masturbando também foi um incentivo para aguçar a curiosidade das mulheres: “Quando a cena da masturbação foi ao ar, eu recebi muitas mensagens de clientes, amigas e pessoas próximas. A personagem tem incentivado as mulheres a se conhecerem e buscarem o prazer. É uma influência positiva que vejo em todas as redes sociais”, afirma.
Além disso, o fato do mercado erótico estar cada vez mais popular também é um facilitador para esse crescimento, na visão da especialista.
Conhecer para não temer
Por fim, Natália reforça que quando as pessoas não têm conhecimento do funcionamento dos brinquedos sexuais, eles acabam virando tabu: “ Qualquer pessoa teme o que não conhece. Mas acredito que a sociedade está mudando e hoje as mulheres já buscam o próprio prazer. O importante é se permitir”, finaliza.