Confira os benefícios e tabus em torno do sexo na maturidade
A sexóloga Gabriela Daltro, da Plataforma Sexo sem Dúvida, elenca os benefícios de se manter sexualmente ativo
atualizado
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Fazer sexo é bom durante a vida toda. Mas, quando se fala em pessoas acima de 65 anos transando, há quem se engane e ache que não exista vida sexual ativa após essa idade. A especialista Gabriela Daltro, sexóloga da plataforma Sexo sem Dúvida, esclarece, porém, que o etarismo não é bem-vindo nessa área, e a vida plena embaixo dos lençóis agrega benefícios a todos os envolvidos.
O importante é desmistificar os muitos tabus acerca disso, e entender que, como parte da vida, a sexualidade continua na maturidade.
Benefícios
Entre os benefícios para o corpo, estão ajudar na saúde cardiovascular e na manutenção fisiológica do assoalho pélvico. No entanto, as vantagens não param aí. Gabriela ressalta que os ganhos emocionais e psicológicos são muitos. “Podemos destacar que manter uma vida sexual ativa está relacionado a ter mais qualidade de vida, além de estabelecer vínculos mais prazerosos e experimentar mais potência de vida”, elucida. E isso, ela emenda, independe da idade.
Os tabus
A sexóloga esclarece que, entre os mitos sobre o tema, um dos maiores é acreditar que as pessoas a partir de certa idade não tem mais desejo sexual. A psicóloga e sexóloga Carmita Abdo, coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP, ressalta que os casais que chegam a essa fase da vida com saúde geralmente mantêm uma rotina sexual normalmente. “Não dá para pensar que porque envelheceu vai perder o desejo”, salienta.
Outro ponto é imaginar que a menopausa, para as mulheres, pode ser um fator prejudicial. Trata-se de pura balela. Muitas mulheres, aliás, redescobrem a potência sexual justamente nesse período.
Pós-menopausa
Algumas mulheres vivenciam o período pós-menopausa como um momento de pura descoberta do tesão. “Isso porque pode coincidir com momentos da vida de decisões e autoconhecimento. Nessa fase, elas sabe exatamente o que aceitam e não aceitam. É libertador colocar em prática o que deseja e o que gosta”, emenda. Mais que aliviar desejos, transar nessa idade é, ainda, uma forma de se empoderar.
Adaptando os desejos
A esse público, Gabriela afirma que é preciso se atentar aos desafios de entender quais possibilidades e limites do casal e, então, se adaptar a esses anseios. “Entenda que o corpo e a cabeça vão mudando. Temos que estar abertos ao novo”, finaliza.