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Com novo programa de TV, Mc Rebecca fala sobre tesão acumulado e desejos

Em entrevista ao Metrópoles, a carioca falou sobre a nova atração no Multishow, Faixa Preta, e sobre sua relação com a sexualidade

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Foto: Rafael Monteiro/Divulgação Multishow
Mc Rebecca
1 de 1 Mc Rebecca - Foto: Foto: Rafael Monteiro/Divulgação Multishow

Tanto nas letras de suas músicas quanto no período em que participou do reality show De Férias com o Ex Brasil, da MTV, Mc Rebecca mostrou a que veio. Sem papas na língua, a carioca de 22 anos fala abertamente sobre sexo e sexualidade.

O tema permeia, inclusive, seu trabalho. Em seu EP mais recente, intitulado Carentena, a artista investiu em músicas que falam sobre o temido tesão acumulado, que é a realidade de muitas pessoas durante o período de distanciamento social.

Na última quarta-feira (16/7), Rebecca, que além de cantora é também rainha das passistas da escola de samba Salgueiro, começou a mostrar a faceta de apresentadora. Fez sua estreia no programa Faixa Preta,  transmitido pelo canal do YouTube da Multishow.

O programa traz, semanalmente, um convidado negro para falar sobre música, dia a dia, beleza, relacionamentos, entre outros assuntos. A Pouca Vergonha bateu um papo com a funkeira para falar sobre o novo projeto, sexo e empoderamento feminino. Confira:

Como surgiu a ideia de fazer o Faixa Preta? Você já havia tido vontade de ser apresentadora?

O convite veio do Multishow mesmo. Eu adorei porque já era uma coisa que eu tinha vontade de fazer. Desde pequeninha eu já brincava de apresentar. Por isso estou muito feliz e grata por mais essa conquista.

Quais os principais assuntos que você vai abordar com os convidados?

Música, dia a dia, beleza, relacionamento, contatinhos, negritude… Sempre com um tom leve e divertido.

Você nunca viu nenhum problema em falar abertamente sobre a sexualidade. Você também vai levar isso para o programa?

Sim, o que eu mais amei nesse convite do Multishow foi fato de o Faixa Preta ter muito a minha cara! O programa fala sobre música, arte, negritude, relacionamento e sexo, bem do jeitinho que eu sou e acho que é a vida mesmo. Não vejo problema em falar sobre minha sexualidade porque eu acho isso normal. Não vejo como tabu um assunto que todo mundo gosta.

Você sempre foi bem resolvida e aberta em relação a sexo? Se não, quando isso começou na sua vida?

Sempre fui! Tenho uma relação muito boa com meu corpo. Mas isso aumentou com minha gravidez também, passei a admirar ainda mais o corpo feminino e procurar entender que nossos desejos e vontades fazem parte da nossa natureza.

A sexualidade e o empoderamento e emancipação femininos estão muito interligados. Na sua vida, lidar abertamente com sua sexualidade ajudou com que você se visse como uma mulher mais poderosa e dona de si?

Sim! A partir do momento que nós mulheres buscamos aceitar nossos desejos e entender que podemos falar sobre as mesmas coisas que os homens, a gente se permite mais e consegue uma liberdade maior do que a gente achava que estava vivendo.

Quando mulheres falam sobre sexo, sempre há muito machismo e moralismo por parte de algumas pessoas. Você recebe críticas e assédio nesse sentido? Como lida com isso?

Já recebi mais. Hoje em dia as pessoas já estão acostumadas com o meu conteúdo. E trabalho muito também para que mulheres falando sobre sexo abertamente seja cada dia mais normal e livre de preconceitos e assédios. Não é porque eu falo de sexo que eu vou aceitar ser desrespeitada.

Se último projeto musical se chama Carentena, e traz músicas com a temática do “tesão acumulado” que tem assombrado tanta gente com a pandemia. Como surgiu a ideia do EP e como foi o processo até ficar pronto?

Surgiu quando eu twittei “gente, preciso transar” e o povo ficou enlouquecido! Recebi várias mensagens com pessoas que estavam passando pela mesma situação.

Como tem sido o feedback do público? Tem muitos “carenteners” se identificando com as músicas?

Muitos! Na verdade, o projeto foi para a frente por causa dos feedbacks que eu recebi. As pessoas me enviaram mensagens falando que estavam do mesmo jeito e contavam histórias que se pareciam muito com as minhas. Achava muita graça e me identificava.

E quais as dicas que você dá para os fãs que também estão trancados em casa e com tesão acumulado para sobreviver à quarentena? O que tem funcionado para você que você indica para os leitores?

Gente, assistir muitos filmes e fazer bastante vídeo chamada, né? É o que temos por enquanto.

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