Cinema de sexo em Brasília oferece pornô na telona e suruba liberada
No centro da cidade, por R$ 40 é possível aproveitar salas de filmes adultos e fazer muito sexo em cabines com glory holes e cadeiras tantra
atualizado
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Em países que já têm uma visão menos moralista no que diz respeito à sexualidade, é comum encontrar estabelecimentos e eventos que têm como premissa a liberdade sexual. Um exemplo são as festas liberais da Europa e os cinemas de sexo espalhados pelo mundo. Mas e no Brasil, o público está bem servido de opções como essas?
Apesar de, em quantidade, não chegar nem perto da variedade que existe mundo afora, em solo brasileiro é possível, sim, encontrar negócios voltados ao prazer que saiam do eixo “sex shops e casas de prostituição”. Em Brasília, o pioneiro e principal representante de cinema de sexo é o Cine Vip.
Localizado no Conic, edifício comercial no centro da capital federal, o cinema tem fachada discreta e promete muito prazer, funcionando todos os dias, das 12h às 22h. O ingresso para entrada (e permanência pelo tempo que o cliente preferir) custa R$ 40, mas é possível também pagar o valor de R$ 399 e curtir como mensalista da casa (podendo entrar todos os dias).
A estrutura conta com duas salas que exibem filmes adultos, sendo uma hétero e outra bissexual, um bar, e diversas cabines para diversões mais discretas. Além disso, o espaço é muito bem servido de poltronas, cadeiras tantra e os famosos glory holes — buracos na parede que servem para espiar do outro lado ou mesmo para ganhar um sexo oral de através das aberturas.
Da porta com filme preto para dentro, toda atividade sexual está liberada, desde troca de casais até surubas. Contudo, se engana quem imagina que o local é sinônimo de bagunça. Pelas paredes, é possível encontrar uma lista com os 10 mandamentos da prática de swing no Cine Vip, que inclui ter conversas prévias do que vai rolar, consentimento a todo instante e nada de drogas.
O responsável por trazer a marca — que também conta com uma unidade em Juiz de Fora — para Brasília é o empresário Arnaldo Valverde, que enxerga no Cine Vip um local seguro para que as pessoas possam expressar suas sexualidades de forma plena, algo que, por conta dos maus olhos da sociedade, nem sempre é possível fazer abertamente.
“Algo tão natural como o sexo é visto como um grande tabu por conta de uma sociedade muito hipócrita. Mas, sem dúvidas, o ‘escurinho do cinema’ deixa as pessoas mais a vontade para vivenciarem seus desejos”, explica. Prova de que o objetivo foi alcançado é que a casa está sempre movimentada e possui uma clientela fiel, com mensalistas que “batem ponto” todos os dias.
Arnaldo transformou em negócio algo que vivenciou em sua juventude na cidade mineira. Depois de anos sendo cliente de cinemas grandes que exibiam filmes adultos, uma descoberta em Nova York o fez ter a ideia do Cine Vip com o formato que existe hoje.
“Logo após encontrar nos Estados Unidos um modelo de cinema adulto com salas pequenas, conheci um local parecido em Vitória e quis fazer um negócio meu. Com as inspirações do meu tempo como consumidor e adaptando com o que eu não gostava, nasceu o Cine Vip”, afirma.
