Chega à pré-venda vibrador censurado em feira de tecnologia
O Osé, que oferece “orgasmos misturados”, chega ao mercado após ter exibição do protótipo barrado na CES 2019
atualizado
Compartilhar notícia
Após muita polêmica, o Osé, vibrador desenvolvido pela startup americana Lora DiCarlo, saiu do protótipo e chegou ao mercado. O sex toy promete orgasmos intensos por conta de microrrobôs que simulam movimentos de língua e dedos e estimulam, ao mesmo tempo, o ponto G, na área interna da vagina, e o clitóris. A quem se interessar, o produto pode ser adquirido no site da empresa por $290 (em reais, cerca de R$1200).
Entenda o caso
No final de 2018, a fundadora e CEO da Lora DiCarlo, Lora Haddock recebeu, pelo protótipo do Osé, um prêmio de inovação da CES – maior feira de tecnologia do mundo, organizada pela Consumer Tecnology Association (CTA) – na categoria de robótica e drone.
Pouco tempo depois o prêmio foi rescindido, e a Lora DiCarlo impedida de expor o produto na CES 2019. Em carta aberta publicada por Haddock, a empresária relatou o caso e entregou que, entre as justificativas dadas, a CTA disse que se dava ao direito de desqualificar inscrições de produtos que pudessem ser “imorais, obscenos, indecentes, profanos ou que destoassem da imagem da organização”.
Mas, para a CEO, tratou-se de mais um caso de machismo, já que a feira já permitiu os lançamentos de uma boneca sexual e a exposição de uma empresa de pornografia em realidade virtual.
“Claramente, a CTA não tem problemas com sexualidade masculina explícita. Aparentemente, tem algo diferente, algo ameaçador sobre o Osé, um produto criado por mulheres para empoderar mulheres”, escreveu Lora.
Após alguns meses, a CTA restituiu o prêmio ao Osé. Mas houve uma mudança de justificativa – segundo a empresa, houve mau gerenciamento do prêmio, porque o produto não se encaixa em nenhuma das categorias e não deveria ter sido aceito pela comissão julgadora. “É sério? Nosso produto foi desenhado em parceria com um dos melhores laboratórios universitários de engenharia e robótica (Universidade Oregon, nos Estados Unidos)”, argumentou a CEO.
Mas agora o brinquedo já pode ser testado de todos os jeitos!