Casos de traição aumentam entre pessoas de 50 a 70 anos
Segundo pesquisa, cresceu em 20% o número de indivíduos nessa faixa etária que procuram relacionamentos extraconjugais
atualizado
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Para muitas pessoas, quando o assunto é traição, a primeira coisa que pode vir à cabeça são jovens com os hormônios à flor da pele. Porém, a infidelidade não é (e nunca foi) exclusividade de pessoas mais novas, fato que tem se comprovado cada vez mais.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo site Second Love, a procura por relacionamentos extraconjugais entre pessoas com idade entre 50 e 70 anos aumentou em 20% em 2019.
Na opinião do psicólogo e sexólogo André Almeida, o principal motivo deste aumento são as tecnologias atuais, que permitem que pessoas de todas as idades mantenham uma vida sexual ativa. “Antigamente, a partir dessa fase mais madura acontecia uma diminuição do comportamento sexual, tanto entre os casais quanto em casos fora do casamento. Hoje, com adventos como o viagra e a reposição hormonal, por exemplo, as pessoas voltaram a fazer sexo”, explica.
Isso somado à maior facilidade que os sites e aplicativos de encontros trazem favorece o aumento da infidelidade, mas o terapeuta reforça que a traição sempre existiu. “É uma dinâmica relacional ‘normal’, entre muitas aspas’, que se estende desde que a monogamia foi instituída como modus operandi na sociedade”, garante. Logo, na mesma medida que a maturidade volta a transar, ela também volta a trair.
Motivos da traição
André explica que a infidelidade se dá por diversos fatos, o que varia de caso para caso. “Há teóricos que defendem que a monogamia é um dos fatores que fazem com que a gente procure outras coisas do lado de fora, porque nós não somos seres monogâmicos. Outros defendem a não exploração do repertório sexual em si, o que faz com que as coisas comecem a ficar monótonas”, pontua.
Use camisinha, senhor (a)!
Além da sexualidade e infidelidade, cresceram também os casos de HIV. Para o especialista, isso acontece por conta de um mal hábito de pessoas mais maduras, que começaram a vida sexual em uma época em que não se não falava tanto sobre prevenção e doenças sexualmente transmissíveis. “Justamente porque lá atrás não existia surtos de HIV como hoje, o pessoal adquiriu um comportamento sexual que exclui usar camisinha”, justifica.