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Caso Daniel Cravinhos: entenda o porquê do fetiche por assassinos

Ex de Daniel Cravinhos, cúmplice de Suzane von Richthofen, afirmou que casou com o assassino por fetiche. Entenda como essa atração surge

atualizado

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Em recente entrevista ao escritor Ulisses Campbell, a ex-esposa de Daniel Cravinhos – cúmplice de Suzane von Richtofen no assassinato de seus pais – afirmou que se casou com o assassino por fetiche.

“Foi amor à primeira vista. Algo arrebatador”, contou a biomédica Alyne Bento, que conheceu Daniel em 2011 ao ir visitar um parente na penitenciária em que ele cumpria sua pena em regime fechado.

Mas existe “fetiche” por pessoas que cometeram crimes? A resposta é sim. A atração e desejo sexual por assassinos violentos é chamado de hibristofilia por criminologistas, e é mais comum do que se pode imaginar.

Prova disso é que, ao longo da história, criminosos que ganharam relevância na mídia passaram a ser assediados por milhares de mulheres por meio de cartas e e-mails.

O fenômeno aconteceu com Charles Manson, que comandava a seita que assassinou a atriz Sharon Tate em 1969; Ted Bundy, assassino de 36 mulheres; Richard Ramirez, acusado de matar e estuprar mulheres e crianças; e até mesmo com Francisco Assis Pereira, o Maníaco do Parque, que confessou 11 assassinatos.

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Ted Bundy confessou ter matado 36 mulheres
Richard Ramirez, também conhecido como Perseguidor da Noite, foi condenado por estuprar e matar crianças e mulheres
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Charles Manson comandou a seita Família Manson, que assassinou a atriz Sharon Tate em 1969

Albert Foster/Mirrorpix/Getty Images
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Ted Bundy confessou ter matado 36 mulheres

Bettmann/Getty Images
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Richard Ramirez, também conhecido como Perseguidor da Noite, foi condenado por estuprar e matar crianças e mulheres

Bettmann/Getty Images

Por que?

De acordo com a psicóloga e professora de psicologia forense da PUC-Paraná Maria de Fátima Franco, alguns fatores podem explicar essa atração: a identificação, a admiração pela coragem de cometer tais crimes e a própria fama e atenção dada pela mídia, que trazem uma aura “popstar” para o assassino.

“Aquilo que deveria ser condenável por todos, para algumas pessoas não é. Existem vários fatores que reprimem essa vontade de cometer crimes graves e, então, faz-se uma projeção. Elas pensam ‘gostaria de ser daquele jeito’, ‘gostaria de ser uma pessoa agressiva/violenta’. E muitas são assim em determinadas proporções, basta observar”, explica.

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