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Caso Anitta: entenda como a endometriose compromete a vida sexual

A doença pode causar dores nas região pélvica e cólicas durante a transa, como ocorreu com a cantora Anitta

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Foto colorida de Anitta
1 de 1 Foto colorida de Anitta - Foto: Reprodução/Instagram

Sentir dor durante a relação sexual não é normal. O incômodo pode ser por infecção, por alguma doença ou, ainda, por problemas de ordem psicológicas que demanda tratamento. O sexo tem que ser prazeroso e confortável para todos os envolvidos. Se há dor, é preciso procurar um especialista. 

Recentemente, a cantora Anitta recebeu o diagnóstico de endometriose após procurar o hospital ao sentir dores durante a relação, e o assunto veio à tona. Vale ressaltar: a doença atinge uma a cada 10 brasileiras e compromete a qualidade de vida das acometidas, inclusive a saúde sexual. Além disso, o diagnóstico pode demorar para ser descoberto. Muitas mulheres levam anos para saber o que têm. De acordo com o ginecologista do Hospital Baía Sul Esdras Camargos, existe uma questão cultural que justifica essa demora. 

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Ela afeta mulheres em idade reprodutiva e tem origem desconhecida, apesar de em alguns casos ter influência genética. Não há evidências de que a doença tenha cura, contudo, existem tratamentos envolvendo anticoncepcional ou, em casos mais sérios, cirurgias
A endometriose é uma doença caracterizada por dores intensas durante o período menstrual, chegando a incapacitar mulheres de exercerem suas atividades habituais,. Além disso, é comum dores durante relações sexuais, dificuldade em engravidar, dor e sangramento intestinais e urinários
Sangramento menstrual desregulado e intenso, sangramento fora do período menstrual, cansaço, fadiga e dor na base das costas ou na parte inferior do abdômen durante a menstruação podem indicar a presença da doença
Os sintomas da endometriose podem iniciar dias antes da menstruação e terminar dias depois. As dores também podem variar de pessoa para pessoa, tanto em relação à intensidade quanto à frequência. Aliás, a intensidade da dor pode não estar relacionada a extensão da doença. Em outras palavras, pessoas que sentem mais dor podem ter doença menos extensa e vice versa
O diagnóstico da doença é clínico, apesar de não ser tão simples detectá-la. Recorrer a exames de imagem é o método mais comum, como a ultrassonografia transvaginal e a ressonância magnética da pelve
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A endometriose é uma doença crônica do sistema reprodutor feminino. Ela surge quando o endométrio, tecido que reveste o útero por dentro, se movimenta em sentido oposto durante a menstruação e pode atingir vários locais na cavidade abdominal, como ovário, intestino e bexiga

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Ela afeta mulheres em idade reprodutiva e tem origem desconhecida, apesar de em alguns casos ter influência genética. Não há evidências de que a doença tenha cura, contudo, existem tratamentos envolvendo anticoncepcional ou, em casos mais sérios, cirurgias

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A endometriose é uma doença caracterizada por dores intensas durante o período menstrual, chegando a incapacitar mulheres de exercerem suas atividades habituais,. Além disso, é comum dores durante relações sexuais, dificuldade em engravidar, dor e sangramento intestinais e urinários

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Sangramento menstrual desregulado e intenso, sangramento fora do período menstrual, cansaço, fadiga e dor na base das costas ou na parte inferior do abdômen durante a menstruação podem indicar a presença da doença

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Os sintomas da endometriose podem iniciar dias antes da menstruação e terminar dias depois. As dores também podem variar de pessoa para pessoa, tanto em relação à intensidade quanto à frequência. Aliás, a intensidade da dor pode não estar relacionada a extensão da doença. Em outras palavras, pessoas que sentem mais dor podem ter doença menos extensa e vice versa

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O diagnóstico da doença é clínico, apesar de não ser tão simples detectá-la. Recorrer a exames de imagem é o método mais comum, como a ultrassonografia transvaginal e a ressonância magnética da pelve

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É muito importante estar atenta aos sintomas e procurar com urgência um médico especialista ao suspeitar da presença da enfermidade. A demora em diagnosticar os focos da doença pode levar ao estado mais grave do quadro, quando é necessário partir para uma intervenção cirúrgica

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Outro problema ocasionado pela condição é a infertilidade feminina. Contudo, isso não quer dizer que a gravidez não seja possível. Mulheres com endometriose podem engravidar. Na verdade, tudo dependerá da extensão da doença

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Atualmente, segundo o Ministério da Saúde, a estimativa é que cerca de 8 milhões de brasileiras sofram com essa condição de saúde

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“Um dos fatores que acabam dificultando o diagnóstico da endometriose está relacionado a uma questão cultural da sociedade, que acredita que é normal sentir cólica menstrual, dores durante a relação sexual ou dor pélvica e que, com o tempo, essas dores irão passar”, esclarece.

Dor e sexo

Para evitar qualquer tipo de dor durante a relação, o ginecologista Rodrigo Dias Nunes, coordenador do Curso de Medicina da UNISUL, sugere que primeiro é preciso checar e diagnosticar a origem do incômodo, já que pode ser um dos sinais de alerta. Procure um especialista para investigar a causa. Descartadas outras doenças e infecções, caso fechado o diagnóstico de endometriose, é preciso recorrer ao tratamento correto para a doença, a fim de promover melhor qualidade de vida para a mulher.

Como ela afeta a transa 

Engana-se quem pensa que apenas dores intensas comprometem o bem-estar sexual da mulher com endometriose. Além das “pontadas” na pélvis e fortes cólicas, a mulher com essa doença também pode sofrer com fadiga e exaustão. Sendo assim, além do sofrimento da exposição a quadros repetitivos de dores, a falta de energia pode acabar com a vontade de transar, ressalta Esdras Camargos. 

“Além das dores físicas, a mulher também pode acabar contraindo a musculatura, causando ainda mais dor. Após esses episódios de sofrimento, ela pode ficar tensa e não ter lubrificação o suficiente”,  explica.

Bem-estar sexual da mulher com endometriose

Apesar de um diagnóstico difícil, existem tratamentos para a doença e é possível ter não apenas qualidade de vida, como um sexo prazeroso. 

Camargos esclarece que o tratamento deve ser multidisciplinar e englobar a saúde de uma forma integral, incluindo cuidados com a alimentação e atividades físicas. “Além do uso de hormônios específicos para cada caso, é preciso associar técnicas não farmacológicas ao tratamento como fisioterapia pélvica e também psicólogos para cuidar da saúde mental”, sugere.

Em alguns casos, o tratamento necessita de cirurgia. O diagnóstico final é sempre dado por um especialista.

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