Casal Pimenta abre o jogo e conta tudo sobre o relacionamento liberal
Ciúme, religião, regras do swing, paquera… Fátima e Fernando contam todos os detalhes do relacionamento
atualizado
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Engana-se quem pensa que casais liberais fazem sexo todo dia, que estão sempre com tesão e que não rola ciúme nenhum. É tudo construído, conversado e, como em qualquer relação (ou, pelo menos, deveria ser assim), o sexo rola somente quando há desejo.
A Pouca Vergonha entrevistou o casal mais apimentado do Brasil: Fernando e Fátima, que formam o Casal Pimenta. Juntos há 22 anos, eles têm uma relação liberal há 21 anos e também promovem festas, swing e ménage.
Eles abriram o jogo sobre relacionamento pessoal e ainda deram dicas para quem tem curiosidade de apimentar a vida de casado.
Abrindo o jogo (e a relação)
O casal se aventurou no swing com apenas um ano de relacionamento: “Conhecemos uma pessoa pela internet e fomos para o swing. Foi um alívio saber que existiam mais pessoas que também queriam as mesmas coisas que a gente”, conta Fernando.
A vontade de fazer o primeiro ménage veio por parte de Fernando e, após 12 meses juntos, Fátima topou. “Eu fui criada no catolicismo, era muito recatada”, explica ela. “Ainda sou católica, mas hoje vivo minha sexualidade livremente. Eu digo que sai do casulo”, ressalta. “Eu digo que sai do casulo, acordei para a minha sexualidade, que todas nós temos. A gente passa a vida ouvindo que fomos feitas pra casar, ter filhos e servir e na verdade a gente tem que ser feliz fazendo o que gosta”, declara.
No começo da vida liberal, a dupla ia a festas e swing de 15 em 15 dias. “De repente, passamos a ir uma vez por semana”, lembra Fernando.
Relacionamento liberal não é bagunça
A dupla explica que, apesar de ser diferente do convencional, o casamento também segue regras. “Intuitivamente, estabelecemos uma regras. Cada casal estipula as suas, identifica os gatilhos, principalmente para ciúme, e entra em um acordo de como vai funcionar”, orienta Fernando.
Na visão dos dois, o relacionamento liberal é diferente do poliamor, que envolve relações afetivas: “A gente só faz pelo tesão e pelo sexo. Nos consideramos monogâmicos com momentos não monogâmicos”, salienta Fernando.
Eles esclarecem que as regras variam de acordo com a vontade dos casais: “A gente as estabeleceu em conjunto. Às vezes, acontece de a Fátima sair sozinha com algum paquera”, relata.
Aliás, quando isso acontece, se a pessoa não é do meio liberal, o casal tem uma estratégia para Fernando participar da farra: “A Fátima sai com o cara, e aí ela me liga e deixa o telefone de forma que eu consiga ouvir tudo, mas o parceiro não perceba”, detalha.
Rola ciúme?
Eles explicam que é normal ter ciúme, mas isso vai sendo desconstruído de acordo com as relações: “A Fátima, por exemplo, era superciumenta e demorou um ano para me liberar”, brinca Fernando.
Fátima se libertou das amarras e aprendeu a lidar com o sentimento, assim como muitos liberais, que aprendem a conviver com ele: “Se ele está tendo prazer, eu não posso me sentir incomodada e comecei a gostar disso”, relata.
A dúvida geral
No perfil do Instagram, o casal compartilha as vivências, experiências e tira dúvidas dos seguidores a respeito do meio liberal, inclusive sobre as festas que realizam com essa temática há 18 anos. Donos de uma vasta experiência no assunto, eles revelam que a campeã das dúvidas dos iniciantes é: como convencer a parceira a entrar para o meio liberal?
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Além disso, o medo da possibilidade do par se apaixonar na troca de casal, ou mesmo de sentir ciúme na hora “H”, são questões que sempre aparecem. Eles esclarecem, no entanto, que é preciso levar em conta que o meio liberal é sobre fazer sexo e realizar fantasias: “É só sexo. Mas percebo que as pessoas fora desse meio não entendem que pode haver transa sem sentimento”, define Fernando.
Na prática
A primeira dica do casal para quem quer partilhar da mesma experiência é entender o assunto: “Conheça sobre o swing, conheça sua parceira. Fale sobre suas fantasias e veja o que funciona para vocês”, aconselham.
Vale ressaltar que existem casais que já experimentaram, realizaram as fantasias e não voltaram mais.
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Fuja desse erro
O maior erro que casais iniciantes cometem, por sua vez, é pensar que fazer swing vai salvar o casamento: “Se a relação não tem parceria, não tem swing nem nada no mundo que salva”, diz Fátima. Segundo ela, a relação tem que estar “fortificada” antes de uma mudança tão brusca.
Fernando lembra que se a relação não está bem, provavelmente o sexo também vai mal, e transar com outras pessoas, definitivamente, não é algo que vai ajudar: “Você vai sair da casa de swing com o casamento terminado”, explica.
Quer saber mais sobre um casamento apimentado? No livro Casamento com Pimenta, lançado em 2020 pela Editora Viseu, eles contam a história real das aventuras fora da rotina e como se tornaram adeptos do swing e ménage. Além disso, a obra desmistifica o mundo liberal.
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