Está chegando o Carnaval e, com ele, um maior “fogo no rabo” dos foliões de plantão. De uma forma geral, com a proximidade da data as pessoas criam expectativas relacionadas à pegação e ao sexo, o que faz com que o desejo sexual aumente significativamente.

De acordo com o terapeuta sexual André Almeida, uma das explicações desse modus operandi é a carga histórica que a data carrega. Com origem em festas profanas e pagãs, o cristianismo a recuperou como um pré-quaresma — momento de recolhimento e privação.

“O objetivo era adentrar neste período de maior privação após um período de grandes excessos no que dizia respeito a festança e comida. Com o tempo, isso acabou se espalhando para outras questões, como o comportamento sexual”, explica.

Trazendo para os dias atuais, a maior parte da população continua tendo uma maior percepção de liberdade nessa época. “Como o desejo sexual é formado por diversas questões, inclusive sociais, essa sensação de permissividade abre espaço para as pessoas expressarem a sexualidade de forma mais aberta, o que pode favorecer, sim, mais tesão”, afirma.

Com responsabilidade

Apesar de uma maior liberdade sexual não ser, necessariamente, algo ruim, o período acaba favorecendo também comportamentos de risco relacionados ao sexo. A permissividade também se estende ao uso de drogas lícitas e ilícitas, o que acaba influenciando no comportamento.

Não à toa, o Carnaval costuma vir acompanhado de diversas campanhas de conscientização.

“É importante tomar alguns cuidados para não se expor. O recomendado é fazer uma redução de risco: levar sempre várias camisinhas, se hidratar, comer bem, entender interações de substâncias para não misturar algo que possa te fazer mal e contar com uma rede de apoio em casos de emergência. Se deve curtir com consciência!”, finaliza o especialista.

Agora é só partir para a folia (e para a pegação).