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Candidata ao Miss Bumbum diz ter feito sexo 18 vezes em 12h. É normal?

Especialista ensina como entender se a vontade constante e incessante de fazer sexo está se tornando um problema de saúde

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Foto colorida em close dos pés de duas mulheres em uma banheira cheia de espuma com duas taças de champagne ao lado - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida em close dos pés de duas mulheres em uma banheira cheia de espuma com duas taças de champagne ao lado - Metrópoles - Foto: jeangill/Getty Images

Representante de Goiás no concurso Miss Bumbum, Debora Gomes disse, recentemente, que “ama fazer sexo” e que seu recorde foi ter transado 18 vezes em apenas 12 horas. A afirmação levantou a dúvida: é possível ser viciado no “rala e rola”? Se sim, há tratamento para a condição?

A quem não sabe, o apetite sexual excessivo pode, sim, ser uma doença. Ele diz respeito à pessoa que tem uma libido considerada acima do “normal”. A condição é chamada de hipersexualidade.

Miss Bumbum do Goias Débora Gomes

Mais do que um contratempo, a sexualidade exacerbada é uma doença que, em 2018, passou a fazer parte da chamada CID, sigla em inglês para a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A psicóloga e terapeuta sexual Alessandra Araújo aponta que entender se a pessoa tem vício em sexo pode ser um processo complexo, que exige introspecção e, por vezes, auxílio de um profissional da saúde mental.

“O vício em sexo, conhecido como comportamento sexual compulsivo, é caracterizado por uma obsessão constante com atividades sexuais que interferem na vida diária, causando sofrimento emocional e físico, e impactando negativamente relacionamentos, trabalho e outros aspectos da vida”, afirma a especialista.

A profissional emenda que para descobrir se você tem esse vício é importante refletir sobre o quanto o sexo ocupa seus pensamentos e se ele está tomando o lugar de outras atividades importantes, como trabalho, estudos ou relacionamentos. “Se você se percebe constantemente envolvida em pensamentos sobre sexo, mesmo quando deveria estar focada em outras responsabilidades, isso pode ser um sinal de alerta.”

Vale considerar se você sente uma necessidade crescente de se envolver em atividades sexuais para obter a mesma satisfação, como se seu desejo sexual nunca fosse realmente saciado.

Como você está lidando com o sexo?

Alessandra ressalta que é necessário observar se o sexo se tornou uma forma de lidar com emoções difíceis, como estresse, ansiedade, tristeza ou frustração. “Se você percebe que recorre ao sexo como uma válvula de escape para problemas emocionais ou como um meio de evitar enfrentar questões pessoais, isso pode ser um indicativo de um comportamento problemático.”

A psicóloga salienta que a busca por satisfação sexual pode levar a comportamentos arriscados, como sexo sem proteção, envolvimento com múltiplos parceiros sem considerar as consequências ou até mesmo a quebra de relacionamentos importantes.

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Uma vida sexual ativa e saudável tem impacto direto no bem-estar
O prazer e o orgasmo liberam hormônios responsáveis pela diminuição do estresse e pela melhora do sono
É possível manter a sexualidade ativa e saudável até a terceira idade
No sexo, tudo é liberado desde que com total consentimento de todos os envolvidos e segurança
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O sexo é um dos pilares para uma vida saudável, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS)

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Uma vida sexual ativa e saudável tem impacto direto no bem-estar

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O prazer e o orgasmo liberam hormônios responsáveis pela diminuição do estresse e pela melhora do sono

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É possível manter a sexualidade ativa e saudável até a terceira idade

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No sexo, tudo é liberado desde que com total consentimento de todos os envolvidos e segurança

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Reação pós-sexo

Em 1991, o termo “vicio em sexo” se popularizou graças a pesquisas do psiquiatra Patrick Carnes. Ele descreveu o ciclo de dependência em  sexo e que, dentro desse ciclo, surge a depressão pós-euforia.

Alessandra aponta que a vergonha, o arrependimento e a culpa após atividade sexual são sentimentos que devem ser observados.

“Se você frequentemente se sente mal consigo mesma após se envolver em atividades sexuais, e ainda assim continua repetindo esses comportamentos, pode estar enfrentando um ciclo de compulsão que é difícil de romper sozinha”, aponta.

“É comum que o vício em sexo também cause isolamento social, já que a pessoa pode começar a se afastar de amigos e familiares, preferindo ficar sozinha ou se envolver em comportamentos sexuais que acabam consumindo grande parte do seu tempo e energia”, reforça a psicóloga.

Se for o seu caso, procure ajuda de um psicólogo ou terapeuta especializado em sexualidade. “Reconhecer que você pode ter um problema é o primeiro passo para encontrar um caminho de recuperação e equilíbrio, permitindo que você leve uma vida mais plena e saudável, sem que o sexo se torne um fardo.”

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