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Bruna Marquezine já achou que era assexual; entenda a orientação

A orientação sexual consiste em não sentir vontade de fazer sexo com outras pessoas, e não é a mesma coisa que celibato

atualizado

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Foto colorida de Bruna Marquezine com tomara que caia e colar de pedras - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de Bruna Marquezine com tomara que caia e colar de pedras - Metrópoles - Foto: Foto: Reprodução/Instagram

Em sua participação no Quem Pode, Pod — podcast apresentado por Giovanna Ewbank e Fernanda Paes Leme —, Bruna Marquezine falou abertamente sobre sexo. Durante a conversa, a atriz disse que já chegou a achar que era assexual.

“Manu Gavassi um dia falou essa frase e eu agarrei isso. Era: ‘Sexo é superestimado. Não é tudo isso’. Eu entrei nessa onda que eu nem curtia muito transar. Daí eu percebi um pouco depois que não era verdade”, disse.

Bruna ainda completou que esta fase aconteceu porque ela estava em um momento de reconexão consigo mesma, no qual não investia muita energia em sexo. “Foi um processo de me preencher novamente, me sentir inteira, atraente, interessante, suficiente de novo, sozinha”, finalizou.

Apesar de, para a artista, ter sido apenas uma fase em que sexo não era uma prioridade, de fato existem pessoas assexuais. A assexualidade é uma orientação sexual, com a principal característica de que a pessoa não sente vontade de engatar comportamentos sexuais com outras.

De acordo com o terapeuta sexual André Almeida, em entrevista anterior ao Metrópoles, não é uma questão de escolher não fazer sexo, mas sim a não existência da vontade. “Diferente do celibato, que é a escolha consciente de não fazer sexo, a assexualidade é inerente ao indivíduo. No caso, a pequena ou mesmo a completa falta de atração sexual é natural daquela pessoa”, explica o especialista.

Vale ressaltar que a orientação também se diferencia da síndrome do desejo sexual hipoativo, que é uma disfunção de saúde, em que a libido desaparece por motivos psicológicos ou físicos.

Assexual ou assexuado?

Outra confusão comum em relação aos aces – como são chamados os assexuais dentro da comunidade – é que muitos ainda o chamam de assexuados. Contudo o termo é usado para designar organismos que não têm divisão clara de sexo por não terem órgão sexuais, ou que se reproduzem por outras formas em que não haja mistura de material genético.

Relacionamentos

Fica a dúvida: se assexuais não sentem atração sexual, então eles não entram em relacionamentos, certo? Errado. O que eles não sentem é a vontade de transar com outras pessoas, mas podem se envolver afetivamente por alguém. “Uma pessoa assexual pode ter as mesmas necessidades afetivas e emocionais que qualquer outro indivíduo”, aponta André.

Mesmo assim, nem tudo é “preto no branco”, e não há regras para a assexualidade. De acordo com o terapeuta, isso fez com que surgissem diversos espectros diferentes da orientação.

“Nada é oito ou 80, temos pessoas que se identificam como assexuais mas estão na chamada ‘área cinza’ – não são estritamente assexuais, mas experimentam aspectos da assexualidade. É uma área de muito debate, inclusive na própria comunidade assexual”, diferencia.

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