Boquete com humilhação: entenda como funciona o fetiche face fuck
Saiba o que é o fetiche por humilhação no sexo oral e como praticá-lo de forma segura e saudável
atualizado
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Já ouviu falar em face fuck? O fetiche incluído nos jogos BDSM de submissão e dominação se traduz, em poucas palavras, em um “boquete” que envolve humilhação. Necessariamente em um pênis, quem recebe o sexo oral é o ativo e dominador, enquanto quem o faz não tem nenhum controle da situação.
De forma prática, a parte dominante tem total controle sobre o ritmo, intensidade e profundidade do sexo oral. Enquanto isso, a parte submissa funciona, basicamente, como uma “boca” passiva.
Nessa dinâmica, o que fazer com o submisso fica por conta da imaginação do dominador: amarrar, usar vendas, deixar ajoelhado, segurar o cabelo, entre outras possibilidades. Por mais extremo que possa parecer, o face fuck é bastante consumido, tendo categorias próprias na maior parte das plataformas pornográficas.
É saudável?
Ao pensar no fetiche na prática, é possível ficar assustado e até mesmo se perguntar se o face fuck é, de fato, algo saudável. Contudo, assim como todas as práticas BDSM, trata-se de uma forma válida de sentir prazer, desde que com o devido consentimento e segurança.
“A sexualidade é ter consciência plena e clara pelo que ou por quem eu sinto atração e desejo. Sendo assim, se eu tenho essa clareza e faço minhas práticas em ambientes seguros, é totalmente saudável viver essas experiências”, afirma a psicóloga Alessandra Araújo.
Ainda hoje, é comum perceber certa resistência das pessoas no que diz respeito a práticas sexuais não convencionais. Isso se deve, além da falta de conhecimento, ao moralismo que estrutura a sociedade de uma forma geral. “As pessoas ainda têm muitos tabus e preconceitos enraizados em suas crenças e valores, sendo assim, tudo que foge do ‘normal’ é visto como estranho”, elucida.
Como fazer com segurança?
O face fuck, assim como o BDSM de uma forma geral, não é “bagunça”. Todos os praticantes sérios seguem os preceitos do SSC (são, consensual e saudável). Ou seja: o fetiche não deve causar sofrimento a ninguém.
Para isso, em casos de sessões e encontros casuais com pessoas que não se tem conhecimento prévio, é importante observar se alguns cuidados são tomados, como conversar sobre tudo que vai acontecer, limites e estipular uma palavra de segurança – palavra que, ao ser dita, dita o fim imediato da prática.
É essencial estar atento a esses detalhes para não se expor a abusadores, aqueles que se aproveitam das práticas fetichistas sérias para cometer crimes.
“Há uma linha muito tênue entre o que é saudável e o que é abusivo nas práticas dos fetiches. Toda prática sexual deve ser consentida por ambos e acordada no que pode ou não”, alerta Alessandra.