Bom de cama? Saiba o que é determinante para “mandar bem” no sexo
Terapeuta sexual explica se existe alguém “bom de cama” e se quantidade e performance têm a ver com o título
atualizado
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Não adianta negar: você já avaliou a “destreza” de alguém depois do sexo, ou mesmo se autointitulou “bom” ou “boa de cama”. Mas, afinal, existe alguém bom de cama? O que os define? Onde vivem? O que comem?
Tanto para Felipe* quanto para Alberto*, ser bom de cama tem mais a ver com a parceria do que com si próprio(a). “É não jogar sozinho”, diz Felipe. “É se preocupar com o prazer do parceiro, e não só com o seu”, completa Alberto.
Mas quando o assunto é frequência e quantidade, o assunto muda. Enquanto Augusto discorda que as variantes sejam parâmetro para o título Bom de Cama, Felipe acredita que importa.
“Quando você está com um par novo, ainda mais em Brasília que todo mundo conhece todo mundo, você se esforça mais para não fazer feio. O corpo é novo, você ainda não tem a manha. É um exercício legal para você conhecer o mundo da intimidade”, diz.
E aí, professor?
De acordo com o terapeuta sexual André Almeida, o título Bom de Cama vai para… ninguém. Ou então para todo mundo. É relativo.
“Existem determinados comportamentos que, dada a sinergia, o diálogo e o nível de exploração daquele par, a transa foi satisfatória. Mas não existe algo universal, que a pessoa é ‘boa de cama’ e todo mundo que transar com ela vai sentir as mesmas coisas. É individual”, explica.
Mas, de fato, a chave para agradar o(a) coleguinha na hora H é pensar no sexo como uma via de mão dupla. “Se de fato existissem as pessoas boas de cama, seriam as que escutam, que fazem uma boa leitura dos estímulos, que conseguem prestar atenção no outro indivíduo”, diz André.
Quanto mais, melhor?
Sobre quantidade, o sexólogo garante: uma coisa não tem nada a ver com a outra. Uma vez que a sinergia é o que conta, ter milhares de transas e milhares de parceiros(as) sem o que realmente importa vai resultar em uma pilha de sexo ruim. “Uma pessoa pode mandar bem com uma pessoa só, sendo monogâmico, para o resto da vida”, afirma.
Performance então, nem se fala. A dica é deixá-la para a pornografia. “O sexo performático não agrada a maioria das pessoas, principalmente quando falamos de mulheres. Ele é muito menos prazeroso que um sexo real, gostoso, em que você entra em contato com a intimidade do outro”, finaliza.