Na tarde da última segunda-feira (30/1), Ricardo e Sarah Aline tiveram uma conversa franca no Big Brother Brasil 23 sobre se sentirem constrangidos quando os brothers começam a falar de sexo. Quem puxou o assunto foi o biomédico, e Sarah concordou que também não fica confortável.

“Isso me incomoda muito, eles ficam fazendo essas brincadeiras, fico constrangido demais (…) essa coisa de ‘pega ro** põe na b***’”, disse Ricardo. A psicóloga completou: “Também não gosto. Tenho medo de falar que não gosto. Me sinto constrangida”.

Contudo, fica o questionamento: já em 2023, por que tantas pessoas ainda ficam tão constrangidas em falar sobre algo tão banal e comum como sexo? De acordo com a psicóloga Alessandra Araújo, muitos motivos podem levar a essa reação ao tema.

“Falar sobre sexo sempre foi um tabu, e até pouco tempo se reafirmava que o lugar de falar sobre sexo era escondido, ou mesmo nem falar. O que muitas vezes acontece é que fomos criados por pessoas de gerações mais conservadoras nesse aspecto e trazemos muito delas”, diz.

Timidez

Para além de pudor, existe também a possibilidade de a pessoa ter problemas de timidez. Uma vez que alguém não consegue desenvolver para falar nem sobre assuntos corriqueiros, quanto a pauta é sexo isso se agrava ainda mais.

“Há também as pessoas que ficam constrangidas por não serem tão experientes no assunto. Infelizmente, pessoas com pouco ou nenhum conhecimento sobre sexo ainda são taxadas de forma negativa por alguns grupos. Dessa forma, para não serem ridicularizados, preferem se ausentar”, complementa Alessandra.

Transtorno de Aversão Sexual

Por último, mas não menos importante, há que se ressaltar que também existem pessoas que não gostam de falar e nem ouvir sobre sexo por conta do Transtorno de Aversão Aexual, que acomete diversas pessoas e muita vezes não chega a ter um diagnóstico.

“Essas pessoas se colocam na condição de não falar sobre o assunto porque já sentiram dor ou passaram por traumas e sofrimentos muito grandes, como abusos e violências. Neste caso, o indicado é procurar um profissional e tratar com terapia”, indica.