Além do corpo: orgasmo hipnótico promete intensificar o prazer
Conversamos com a dominadora e especialista em fetiches Madame duBa, e ouvimos o relato de quem experimentou a técnica
atualizado
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Está tendo problemas para alcançar o orgasmo? O ideal é investigar, afinal, o gozo é desejado por todos os envolvidos na relação sexual. Ainda que o clímax não seja o único objetivo da transa (ou, pelo menos, não deveria ser), há diversas teorias sobre qual a melhor maneira de “chegar lá”.
Muitos acreditam que o sexo oral seja a melhor forma de atingir o nível máximo de prazer. Há, ainda, aqueles que são do time da masturbação. Mas uma nova prática vem ganhando espaço na cena erótica: o orgasmo hipnótico.
A Pouca Vergonha conversou com a especialista em fetiches Madame duBa, fetichista e dominadora há mais de 20 anos, além de terapeuta holística. Especialista em orgasmo hipnótico, foi ela quem abriu as portas desse universo para a coluna. “É preciso saber que a hipnose trabalha com foco e concentração. A pessoa tem que querer e estar disposto a seguir instruções”, inicia a expert.
E como saber que ele vai dar certo? Segundo Madame duBa, é preciso já ter experimentado um orgasmo alguma vez na vida. “A gente trabalha com a memória da pessoa. Caso ela nunca tenha experimentado o clímax, existem outras formas de chegar lá, mas aí é outra terapia”, explica.
Na hipnose, as sensações são potencializadas. “O mesmo acontece com uma memória de dor. Conseguimos fazer com que fique muito maior. Assim, também é possível permitir que as sensações de prazer seja mais intensas”, conta a dominadora. A especialista acrescenta que, em alguns casos, a pessoa pode chegar a desmaiar. Por isso, é fundamental procurar um profissional de confiança.
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Na prática
Na definição de Madame duBa, “é instalado um gatilho e, então, por meio de palavras, você vai estimulando e trazendo sensações de prazer”.
A prática não tem contra-indicações, mas é importante lembrar que deve ser feita de maneira consensual. Além do mais, não pode ter havido ingestão de bebidas alcóolicas e nenhum tipo de droga pelos participantes.
A especialista também trabalha com cadeirantes. De acordo com ela, a alternativa ajuda pessoas que, por motivos físicos, não conseguem mais gozar com plenitude. “O orgasmo é mental, então, dá para trazê-lo à memória e fazer com que a pessoa sinta de novo”, esclarece.
A prática pode ser utilizada para fins fetichistas: “Por exemplo para fazer o pet play; para alterar personalidade e construir novos personagens; para utilizar no BDSM, como bondage, que é quando a pessoa não consegue se mexer”, detalha.
Para quem quer começar
Toda pessoa pode começar a praticar e pode, também, experimentar esse tipo de prazer. Para os interessados em aplicar a hipnose orgásmica, a terapeuta recomenda fazer cursos curtos e, se gostar, aprofundar na temática. Como tudo na vida, é preciso prática. Ela dá cursos de hipnose erótica para pessoas acima de 18 anos.
Sentindo na pele
Modelo oficial do site Suicide Girls, Liwarie tem 20 anos e é praticante de BDSM desde os 17 anos de idade. Ela detalha sua experiência com o orgasmo hipnótico:
“Eu tive uma sensação que nada nem ninguém nesse mundo poderiam fazer igual. Foi algo intenso e energético, minha mente criou meu próprio prazer sem eu ter sido tocada. Foi como descer uma escada no escuro. A cada degrau, a sensação ficava mais forte, até chegar ao orgasmo”, relata.
A criadora de conteúdo sensual no OnlyFans recomenda a prática. “É uma sensação única, todo mundo deveria experimentar pelo menos uma vez na vida. Você é envolto de energias sexuais fortes, tem gente que apaga tendo orgasmo e diz que é surreal de maravilhoso”, finaliza.